Transcedence: A Revolução - 2014 (filme)

Eu adoro Johnny Depp exatamente por ele não ter medo de se arriscar. Ele faz personagens bizarros a torto e a direita, como o Edward mãos de tesoura, o Chapeleiro de Alice, Jack Sparrow, Willie Wonka e por aí vai. Também adoro Morgan Freeman, que traz uma interpretação sempre na medida para dar vida a personagens difíceis, enigmáticos e carismáticos ao mesmo tempo. Mas nem o talento deles conseguiu me fazer gostar desse filme. Transcendence é quase uma piada. Esteve na lista dos piores filmes do ano (e ganhou um prêmio numa delas).

Will (Depp) é um grande cientista que trabalha na criação de um supercomputador com inteligência artificial. Casado com Evelyn (Rebecca Hall), eles conseguiram criar uma máquina que pode transformar o mundo. A inteligência artificial usa os neurônios de chipanzés para ganhar o raciocínio lógico. Porém, durante uma apresentação sobre o futuro, em que ele anuncia sua criação dizendo que as máquinas podem se tornar Deus no futuro e alterar a criação, ataques acontecem em diversos laboratórios por todos os Estados Unidos, deixando como sobrevivente apenas o pesquisador Joseph (Freeman). Na apresentação feita por ele, participa também outro cientista, Max (Paul Bettany). Ao sair do auditório, Will é alvejado e o tiro da arma contém uma substância radioativa que o matará em poucas semanas. Max e Evelyn decidem usar o cérebro de Will para continuar com seus experimentos, substituindo os macacos. Will topa e começa então a grande experiência que transportará a sua Inteligência para dentro de um supercomputador que consegue seduzir Evelyn. Cega pelo amor que nutre por Will, ela não percebe que está sendo dominada pela máquina. Max percebe a situação e recomenda que o experimento seja cancelado, mas a moça segue sozinha. Com o apoio de Joseph e do agente Buchanan (Cillian Murphy), Max acompanha de longe a evolução dos testes de Evelyn e Will. Até que se chega ao ponto de que a máquina começa a criar super-homens controlados por chips intracelulares que tomam seus corpos. Muita bizarrice.

Se até esse momento o filme era sonolento, daí par frente é ladeira abaixo, com efeitos visuais muito bons mas um enredo daqueles que não explicam nada descambando para um final esdrúxulo e que nos frustra por ter perdido tempo para ver. Só não dou uma nota pior para o filme porque os efeitos são muito bons. Mas não recomendo o filme pra ninguém. Ainda bem que na época de seu lançamento confiei nas críticas e não gastei meu dinheiro indo ao cinema!

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