Lá vem textão! Compartilho aqui com vocês a minha experiência em Salvador esse ano.
Foi inenarrável. Eu não sabia o que esperar desse Carnaval. Decidi em cima da hora (no meio de Janeiro) e convenci dois amigos de irem também. Além deles, eu sabia que ia encontrar alguns amigos por lá. Mas não esperava que fosse reencontrar e conhecer tanta gente. Que energia ótima. Não consigo ne nominar aqui todo mundo que conheci e reencontrei. Tanta gente legal, tanta gente que me fez feliz. Tanta gente que agora fará parte da minha vida... Sem essa galera, seria um pouco triste o Carnaval, pois confesso que eu estava bem desanimado de ir. Na véspera da viagem, cogitei cancelar tudo e não embarcar, lembrando das duas experiências anteriores que tive lá, uma que odiei e outra que gostei, mas nem tanto, sem falar que estava ainda numa fase de transição pessoal, com grandes mudanças ocorridas no inicio do ano e sabendo que o ex também estaria por lá. Mas, pensando nos custos que já tinha tido e na eventual possibilidade de diversão, decidi ir. AINDA BEM! Agradeço a todos os envolvidos nessa folia por me fazerem ter certeza de que preciso voltar pra lá.
O Carnaval de Salvador é para todos. Vi muita gente que foi para pegação, para se drogar, para beber até cair, para dizer que foi ou para curtir seus artistas prediletos com uma galera animada (eu me enquadro nesse ultimo grupo). Lá, constatei também que o Carnaval está muito mais GLS do que da última vez que fui (em 2012). Nos blocos das cantoras (Ivete, CL, Alinne, Daniela), o público era predominantemente gay. Mas nos Camarotes e blocos de Tuca Fernandes, Tomate, Bel Marques, Durval, Wesley Safadão e outros, o publico é hetero. Ou seja, tem espaço pra todo mundo!
Cheguei lá na segunda, antes do Carnaval. Nesse dia, fomos no Cortejo Afro, show no Pelourinho com participação de Larissa Luz (ex vocal do Araketu). A menina está com um projeto muito inusitado. Não curti não. Umas músicas bem estranhas, meio rap, som de paulista.
No dia seguinte, dois de fevereiro, fomos na Alvorada de Yemanjá, no Rio Vermelho. Bonitas as homenagens à Orixá, mas nada diferente de nossa noite de Réveillon do Rio. A tarde, nesse mesmo dia, fui no Chá pro Mar, festa do Chá da Alice com show de Alinne Rosa. A festa foi maravilhosa. O show um absurdo de bom. Alinne estava empolgada e cantou só quebradeira, dela e de outros artistas. Noite inesquecível.
Na quarta, fui curtir a abertura do Carnaval na Pipoca do Saulo no Campo Grande. Muito bom, programa família e bloco ainda vazio, pois os foliões chegam mesmo no fim de semana. De lá, caminhando para a Barra, encontramos com Gilberto Gil na rua. Óbvio que tirei foto com ele. Depois, acompanhamos uns blocos na Barra, mas as fanfarras estavam lotadas e fomos embora pra casa.
Na quinta, segui mais uma vez a pipoca de Saulo (a tarde), na Barra. Voltei pra casa e me arrumei para ir para o Camarote Oceania. Uma noite perfeita. Bebida gelada (um frozen delicioso) e descemos para seguir a pipoca de Márcia Freire (ex-Cheiro de Amor) que estava maravilhosa. Só musicão das antigas e um público super animado. Depois, voltamos pro Camarote pra esperar Os Mascarados e a Margareth Menezes. Nem descemos nos Mascarados pois o bloco estava lotado e as músicas (Gerônimo e Armandinho puxavam o bloco), desanimadas. Maga foi o ultimo trio da noite. Seguimos com ela até o Morro do Gato. Lá, esgotados, voltamos pra casa.
Sexta foi noite com Claudia Leitte e o bloco CocoBambu, com participação de Mari Antunes do Babado Novo. Me acabei! Elas cantaram muitas musicas do Babado! Reencontrei vários amigos do Rio e de outros estados que eu nem sabia que estava em Salvador. Antes de lá, ainda segui a Pipoca da Rainha (Daniela Mercury). Daniela estava empolgadíssima, mas Claudia Leitte se superou. Foi só quebradeira. O ruim e que o bloco estava lotado demais e o som, na frente do trio, baixo. Mas me diverti horrores. Depois de CL, ainda voltei vendo os demais trios. Ainda vi um pouco de Ju Moraes, É O Tchan e Luiz Caldas.
Sabado foi dia de ir na ladeira do Curuzu e ver a saída do Ilê Ayiê. Uma coisa única, emocionante. Um ritual de limpeza (com pipoca e canjica) e libertação de pombas brancas. Arrepiante. De lá, voltamos para a Barra e saímos no EU VOU (bloco com Alinne Rosa). Infelizmente, logo no inicio do percurso ela torceu o pé e teve que diminuir o ritmo. O bloco acabou ficando pouco animado, mas mesmo assim seguimos até o final com ela. Chato era quando entrava musica eletrônica, funk e etc, para ela poder descansar. No final, ela se sentou na beira do caminhão e seguiu cantando sentada. Vi É O Tchan e Katê.
Domingo teve Crocodilo (Daniela Mercury), uma das melhores noites, embora muito lotado o trio. Daniela é diva. Além de cantar tudo o que eu queria ouvir, ela ainda orientava os cordeiros e a polícia para garantir a segurança de seus foliões, bem diferente de Ivete no dia seguinte. Fiquei esperando o trio de Gilmelândia, mas acho que já tinha passado.
Na segunda, comprei o Coruja (Ivete Sangalo), mas não aguentei mais de 1h no trio. Um tumulto, empurra-empurra, gente desesperada para beijar, muitos drogados. Um horror. Sem falar que descobri que não curto mesmo o som de Ivete. Gosto da batucada de Daniela, que também canta rock e mpb no seu trio. Ivete é tudo igual. Acabei saindo do trio e trocando meu abadá por um do Crocodilo e fui lá com Daniela Mercury de novo. Segunda foi ainda melhor que domingo. O trio estava mais vazio e puder dançar e me divertir muito mais. Ainda me emocionei quando ela cantou Eva e Tempo Perdido. Foi lindo demais!
Na terça, fui de Largadinho (Claudia Leitte). Acho que foi a melhor noite do Carnaval. Reencontrei muitos outros amigos e também os amigos novos que havia feito nas outras noite. Mas, o que acontece no Largadinho, fica no largadinho! AMEI MUITO! A [única coisa ruim foi a participação de Igor Kannário. Chhaaaaaaato! Ele foi vaiado, o povo sentou no chão, mas mesmo assim, Claudinha insistiu e deixou ele cantar um tempão. Acho que ela deve ter se arrependido depois, mas não podia fazer a mal educada com o convidado, né? hehehe
Na quarta ainda consegui forças para acompanhar o arrastão. Graças a Deus, sem Ivete Sangalo. Assim, ficou mais vazio e tranquilo e pude acompanhar a Ju Moraes, Alexandre Peixe e outros. A noite, a despedida foi no Acarajé da Cira com os novos amigos que fiz por lá. Incrível, incrível.
Quinta, hora de voltar pro Rio.
Agora, estou aqui, ainda me recuperando. Bolhas nos pés, garganta inflamada, voz rouca, papas nos olhos e muito cansaço. Mas, se tivesse que refazer a viagem, faria tudo de novo!
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