Com o ridículo título em português “De repente, Califórnia”, o filme conta a história do adolescente Zach (Trevor Wright), que mora com sua irmã mais velha Jeanne (Tina Homes), solteira, que vive enrolada com seus namorados e tem um filho de 4 anos de idade. O menino chama o tio de pai, pois é sua única referencia estabelecida de homem no seio familiar. Zach tem namorada, Tori (Katie Walder) mas o relacionamento não anda muito bem. Quando vai passar o fim de semana surfando na casa de seu melhor amigo Gabe (Ross Thomas), que saíra em viagem, acaba encontrando lá o irmão mais velho dele, Shaun (Brad Rowe) – gay assumido – com quem acaba passando o dia. No final da noite, depois de terem bebido bastante, os dois acabam se beijando. A principio, o jovem não entende como pode se envolver com outro rapaz, mas, na sua confusão mental, termina o namoro com Tori e esconde o fato de sua família. Se afasta de Shaun, mas não consegue tirá-lo de sua cabeça. Será que ele deve dar uma chance? Será que ele é mesmo gay? Ele se arrisca e volta a encontrar o rapaz. Vivem uma tórrida paixão, mas Zach continua se castrando, com medo do que a família, sua ex-namorada e seu melhor amigo vão dizer. A irmã começa a se incomodar com o fato do irmão estar passando muito tempo com um rapaz gay. E também começa a cobrar do irmão que fique tomando conta de seu filho para que ela possa sair com o namorado.
Um filme bem interessante, mostrando o que é a realidade de muitos jovens, na sua dúvida acerca de sua própria sexualidade. Diferente de “Prayers for Bobby”, em que o jovem sabe muito bem sua orientação sexual mas é forçado a esconder por causa da família, nesse filme o jovem ainda não tem certeza e seu maior inimigo é ele próprio. Além desse tema central, há uma clara alusão ao fato de que a homossexualidade não é desvio de personalidade ou caráter. O jovem é muito mais responsável que sua irmã, que larga o filho para curtir a vida com seus namorados. Interessante esse antagonismo, essa visão que o enredo proporciona. Mesmo que o rapaz não fosse gay e o envolvimento dele fosse com uma irmã do melhor amigo, pouca coisa mudaria na história, pois o maior drama é quem vai cuidar da criança e até mesmo como assumir para o melhor amigo que ele está namorando sua irmã, sem falar na ex-namorada que está sempre por perto.
Gostei do filme. Uma típica atração da "Sessão da Tarde". Ah, sim, o filme é antigo, de 2007. Baixei nesses sites da internet. Se você se interessou, procure para baixar, pois não sei se tem no Netflix ou outros programas do estilo.
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