La Môme (filme)

Filme biográfico de Edith Piaf, a grande cantor francesa que até hoje é listada entre as 10 maiores mulheres da França, “La Môme” (título original francês) foi lançado no Brasil em 2007 com o título “Piaf: um hino ao amor”, em referência a um de seus maiores sucessos “Hymne à l’amour”. Já nos Estados Unidos o filme foi lançado com o nome “La Vie Em Rose”, outro grande sucesso na sua voz. O filme me arrebatou, não só pelas belíssimas canções na voz de Piaf, mas principalmente pela caracterização e atuação de Marion Cotillard, no papel título. A atriz ganhou o Oscar de melhor atriz em 2008, um feito raro para filmes em idioma não inglês. O filme também foi agraciado com o prêmio de melhor maquiagem.

Eu não conhecia  vida de Piaf, sabia apenas que era uma mulher intensa e que tivera uma vida sofrida. Mas não imaginava que fosse tão sofrida. Ela morreu aos 47 anos, quando vivia à base de injeções de morfina por mais de 5 anos. Com reumatismo, ela desmaiava diversas vezes em suas apresentações, mas amava cantar e não queria parar de jeito algum. O filme retrata todos esses momentos, mas não numa ordem cronológica. Ele se passa alternando os últimos anos de sua vida e carreira com os dias de sua infância, adolescência e vida adulta. Parece uma teia de flashbacks e de encadeamentos emocionais entre as situações. O filme é bom nesse sentido também, pois exige um pouco mais de atenção do espectador por não ficar preso à linha do tempo e ficando mais dinâmico.

Filha de uma cantora de um café um acrobata de rua, ela teve uma infância difícil, sendo criada pela avó materna dento de um bordel. Teve problema de vista devido a uma queratite  e ficou vendada por meses até se curar. Esse foi apenas seu primeiro problema de saúde. Seu pai a levou com ele para se apresentar nas ruas e com 8 anos ela já cantava. Conheceu muita gente e passou a cantar em cabarés, graças a um amante seu, que lhe extorquia dinheiro das apresentações para conseguir-lhe novos trabalhos. Quando foi finalmente descoberta nas ruas por um caça-talentos, Louis Leplée (Gerard Depardieu) e conseguiu gravar seu primeiro disco, ele foi assassinado em seu apartamento e os bandidos eram antigos conhecidos de Piaf. Ela acabou sendo investigada como cúmplice mas foi depois absolvida das acusações. Foi então que conheceu Raymond Asso (Marc Barbé) que lhe deu aulas de interpretação e rapidamente ela estourou como um grande sucesso. Entre maridos e amantes, nunca teve uma vida feliz de verdade, o que parecia que aconteceria com Marcel Cerdan (Jean-Pierre Martins), que conhecera no período em que morou nos Estados Unidos. Porém, ele era casado e acabou morrendo num acidente aéreo. As mortes rondavam a pequena cantora (pequena em estatura, pois ela tinha apenas 1,42m). Sua filha Marcelle, que ela teve aos 18 anos, morreu com dois anos de idade, vitima de meningite. Piaf bebia bastante e adorava festa. E quando não estava bebendo, as drogas para amenizar suas dores eram suas companheiras.

Curiosidade: “La Môme Piaf” era seu nome artístico quando jovem. A tradução literal é a “pequena pardal”, uma referencia à sua baixa estatura e grande potência vocal. Ela mudou o nome para Edith Piaf pois já existia uma cantora com o nome de La Môme.


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