Sandy - Turnê "Teaser" (show)

Após afastamento de quase um ano e meio dos palcos, Sandy está preparando um novo DVD. Antes da escolha do repertório e finalização dos cenários, a filha de Xororó, não aguentando mais essa abstinência de palcos, resolveu fazer uma curtíssima turnê, já com alguns itens do cenário do show que será gravado no Teatro Municipal de Niterói no próximo mês e testando as músicas que serão incluídas no set list. Ela se apresentou duas noites em São Paulo no inicio do mês e nessa semana se apresentou no palco do Vivo Rio aqui no Rio de Janeiro.

Esse foi o segundo show dela a que tive oportunidade de assistir. Em 2010 eu a vi em “Manuscrito”, na mesma casa de shows. Dessa vez, a achei um pouco mais descontraída e com um repertório bem melhor. A voz continua de menininha e não convence em letras mais densas. Embora seja afinada, lhe falta força de interpretação. Seus gestos são óbvios e repetitivos, embora dessa vez a moça estivesse mais solta e até circulava pelo palco tentando preencher o espaço. A banda é muito boa, e a bateria e guitarra dão vida a algumas músicas insossas. Mas, como eu disse naquela ocasião, o que sustenta o show e a carreira de Sandy são seus fãs da época em que fazia um dueto infanto-juvenil com seu irmão Junior.

Público em pé nas cadeiras impossibilita visão do palco
O publico presente ao show era composto por jovens adultos que a seguem desde aquela época. E só eles mesmo. Um público mal educado, que berra o tempo todo e que sobe nas mesas e cadeiras, impossibilitando a visão de quem, como eu, se recusa a cometer esse vandalismo. Acredito que esse publico, quando criança, era estimulado pelos pais a subir nas mesas para conseguir uma melhor visão do palco. Até aí, aceitável. Mas ver esse bando de gente com seus 30 anos subindo nas mesas é um absurdo. Uma horda de animais sem educação alguma. Se Sandy quer se tornar uma cantora séria e respeitada pela crítica, ela precisa coibir essa atitude de seus fãs. Se não, seu show será sempre um circo de horrores para fãs desesperados. Mas, com o tempo, até esses fãs vão cansar e não haverá renovação de audiência para a moça de pele de cerâmica, que acabará sendo uma esquecida da MPB que quase chegou lá.

O repertório escolhido foi bom, passando por sucessos de seus trabalhos solo “Manuscrito”, “Sim” e “Princípios, Meios e Fins” – como “Pés Descalços”, “Quem eu sou”, “Sem Jeito”, “Aquela dos 30”, “Ela/Ele”, “Escolho você” e “Perdida e Salva” – e  também alguns hits da época da parceria com irmão, como “Libertar” que ela cantou pela primeira vez sem o irmão, que fazia a voz principal no original. Ela também incluiu alguns covers e releituras, como “Sina” de Djavan, “Meu Bem, Meu Mal” (conhecido na voz de Gal Costa), “Saideira” do Skank e “Só Hoje” do Jota Quest. Ela também cantou “Respirar”, musica nova inédita que apresentou pela primeira vez no show de São Paulo mas que já está na ponta da língua dos fãs, que cantaram mesmo antes do acorde inicial tocar.

Seria um show razoável, não fosse o problema da educação do público e os garçons que não pararam de servir durante o show inteiro, num vai e vem frenético. Aqui você confere os vídeos que eu fiz.

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