Dentro da proposta de apresentações fora do comum do Projeto “Inusitado”, esse mês o artista que subiu no palco da Cidade das Artes foi Martinho da Vila. Num show onde apresentou alguns de seus sucessos em versões à capela ou acompanhado apenas de percussão tocada por ele mesmo, Martinho também se arriscou a recitar poemas e trechos de músicas, além de contar histórias de como as músicas foram feitas ou de como repercutiram após o lançamento. Pai de 8 filhos, ele também cantou as músicas que compusera para cada um deles, incluindo “Rap da Alegria”, composta para sua filha mais nova exclusivamente para esse show.
A percussão, quando usada, era bem simples também: uma caixinha de fósforos, um pandeiro de dedo, um pandeiro tradicional, onde ele mostrou alguns dos diferentes ritmos de samba e um Cajon.
Bem nervoso no início, e com toda a família sentada na primeira fila, aos pouco ele foi relaxando, tirando o paletó, afrouxando a gravata e depois, já no bis, trocando os sapatos por chinelos e colocando a camisa pra fora da calça. Animado, ria e fazia rir com as histórias, como a de “Salgueiro na Avenida”, que fez para uma de suas filhas quando ela chegara na puberdade, ou seja, tivera o primeiro “ciclo”, “chico” ou, como ele mesmo usou na música, o salgueiro chegou na avenida. Noutro momento, recitou um poema para a Barra da Tijuca, bairro onde o show foi realizado.
O repertório completo foi: “Depois não sei”, “Casa de bamba”, “Filosofia de vida”, “Brasil mulato”, “Samba da cabrocha bamba”, “Menina moça”, “na outra encarnação”, “Você não passa de uma mulher”, “Mulheres”, “Salgueiro na avenida”, “De pai pra filha”, “Fala, Mart’nália”, “Antonio João e Pedro”, “Raízes”, “Tom maior”, “Preto Ferreira”, “Rap da Alegria”, “Jesus alegria dos homens”, “muita luz”, “Assim não, Zambi!”, “Madalena do Jucu” e “Festa de Umbanda”. No bis, cantou “Disritmia” e “Renascer das cinzas”.
Alguns vídeos do show você confere aqui.
A atração do próximo mês será Fafá de Belém. Os ingressos já estão a venda!
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