O mais esperado show dessa edição do Rock in Rio aconteceu logo na primeira noite (sei que para os “jovens”, as atrações mais esperadas são Katy e Rihanna, mas no ano que o festival celebra 30 anos, o que mais se falava até agora era a apresentação do Queen, afinal, de todas as edições, o show deles em 1985 foi com certeza o mais falado). Queen, sem Freddie Mercury e John Deacon (que se aposentou antes mesmo da outra passagem do Queen pelo Brasil em 2008) e com Adam Lambert nos vocais fez uma apresentação excepcional.
Em Janeiro de 1985 eu tinha apenas 9 anos de idade então claro que não pude ver Queen tocando no primeiro Rock in Rio. Mas, quando Freddie Mercury morreu, colei na MTV para assistir o Tributo a Freddie Mercury em 1992 e chorei muito. Gravei em VHS as mais de 3 horas de apresentação e revia loucamente. Em 2008, quando o Queen veio ao Brasil com Paul Rodgers como vocalista, fui na HSBC conferir e mais uma vez me emocionei muito, do início ao fim do show. Nessa última sexta, estava também preparado para me arrepiar com a performance dos britânicos. Desde a hora em que entrei no Parque dos Atletas e vi as homenagens nos palcos alternativos – num palco da Volkswagen, um musical terminava com os atores cantando “Love of My Life” e meus olhos se encheram de lágrimas, e num outro palco de street dance, uma performance com um mix de hits da banda me fez arrepiar – eu já estava ansioso pela última atração da noite.
Quando os primeiros acordes de “One Vision” começaram e a cortina com o símbolo da banda se abriu, foi tudo diferente do que eu pensava. Adam Lambert tem uma personalidade fortíssima e, nem de longe, tenta lembrar ou ser parecido com Freddie. E isso é ótimo! Ele conduziu os hits do Queen com maestria, fez carão, trocou de figurino umas 4 vezes e ainda voltou com uma coroa na cabeça no bis. Ele divou mesmo! Então, eu fiquei ali estático vendo aquilo tudo, mas com um sentimento bem diferente. Fiquei vidrado, empolgado, mas não senti saudades de Freddie, não chorei, não bateu saudade. Era um outro Queen, renovado, respeitando as canções originais, mas com uma performance diferente, uma vibração diferente. Foi ótimo, único.
Os momentos mais marcantes para mim foram quatro: a apresentação solo de Brian May, que cantou “Love of My Life” acompanhado de seu violão e do coro de 85 mil vozes, sem mais ninguém no palco; a apresentação de Roger Taylor de “It’s a kind of magic”; quando Brian May apresentou Adam Lambert e ele cantou uma música sua, “Ghost Town” e, claro, quando Adam entra no palco de coroa para finalizar com “We Will Rock You” e “We Are The Champions”.
Aqui o setlist completo do show: One Vision, Stone Cold Crazy, Another One Bites The Dust, Fat Bottomed Girls, Lap Of The Gods, Seven Seas Of Rhye, Killer Queen, Don’t Stop Me Now, I Want To Break Free, Somebody To Love, Love Of My Life, It’s A Kind Of Magic, Under Pressure, Save Me, Ghost Town, Who Wants To Live Forever, The Show Must Go On, I Want It All, Radio Ga Ga, Crazy Little Thing Called Love, Bohemian Rhapsody, We Will Rock You, We Are The Champions, God Save The Queen.
Fiz muitos vídeos, mas meu cartão de memória quebrou e fiquei só com os que estão nesse link.
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