Última atração da última noite do festival nessa edição, Katy Perry esbanjou simpatia. Depois de um temporal que começou quando rolava o show em Homenagem aos 450 anos do Rio de Janeiro e que só deu trégua quando já estava na metade do show do A-ha, o público, composto por muitos pais e filhos pequenos – pequenos mesmo, com idades que começavam aos 4 anos e iam até o início da adolescência – estava lá, imóvel esperando a musa do pop juvenil. E Katy soube agradecer, falou da chuva, de sua experiência anterior com o Festival (na sua passagem pelo Brasil em 2011, ela terminou seu relacionamento e quase cancelou o show de São Paulo) e de como o público brasileiro a inspira. Uma das canções de seu novo álbum foi feita em homenagem a esses fãs calorosos e que tanto gritam “Katy, eu te amo!” em seus shows. A música, “By the grace of god”, que estava no bloco acústico do show.
Com diversas trocas de figurino, muitos bailarinos e coreografias bem definidas, o show é excelente. Não vou comentar sobre a voz da moça pois todos sabemos que ela não é das melhores mesmo, mas o show biz de hoje não é apenas voz e instrumentos. Ela mostra que sabe disso como ninguém, então mesmo com alguns gritos, desafinações e falta de ar (devido também à sua performance dançando), o show foi maravilhoso. E confirmou a minha avaliação de que ela faz mesmo show para pré-adolescentes. Os figurinos coloridos, as coreografias pouco eróticas (se compararmos com Madonna, Beyonce ou Rihanna, Katy parece recém saída do Jardim de Infância) e as letras divertidas, tudo isso é bem planejado para conquistar esse público. Essa estratégia é ótima, pois ela consegue agradar também aos pais, que acabam curtindo também. Sem falar que, daqui a alguns anos, ela pode “amadurecer” seu estilo junto com o publico que vai crescendo. Muito esperta!
Um dos momentos mais divertidos do show foi quando ela chamou uma fã para subir no palco – isso está no script de sua turnê – e reconheceu a menina da fila do gargarejo de São Paulo. Achei fofo isso! A menina, vidrada, não parava de abraçar e beijar Katy, que, brincado, ainda disse “Ela beijou minha nuca” e tentava afastar a menina, cujo nome era Rayanne e que Katy não conseguia pronunciar de jeito algum. Ela brincou com algumas palavras que são iguais em português e inglês e acabou tirando uma selfie com a jovem, que parecia que ia desmaiar.
O show de pouco mais de uma hora e meia de duração foi dividido em 5 blocos: Prismatic, com “Roar”, “Part of me” e “Wide awake”, Egípcia, com “Dark horse”, “E.T.”, “Legendary lovers” e “I kissed a girl”, Gata, com “Hot’n’Cold”, um trecho de “Vogue” e “international Smile”, Acústico, com “By the grace of god”, “The one that got away/Thinking of you” e “Unconditionally”, e terminou com o bloco Festa, com “Walking on air”, “This is how we do/Last Friday night”, “Teenage Dreams” e “California Gurls”. Ainda voltou para o bis com “Firework”.
A moça prometeu que nunca deixará o brasil de fora de suas turnês, pois, de todos os 144 shows dessa turnê, os melhores são sempre no Brasil, onde ela mais se empolga com a reação do público. E eu digo apenas: VOLTE SEMPRE, KATY!
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