Se, assim como eu, você achava que esse filme é uma refilmagem do Mad Max original, ledo engano. Na verdade, o enredo até lembra em alguns momentos os anteriores, principalmente o segundo filme – Mad Max 2: A Caçada Continua , mas o diretor George Miller (o mesmo da trilogia original) apresenta mais um episódio inédito do herói do deserto australiano. Dessa vez, o personagem titulo que já foi de Mel Gibson é interpretado por Tom Hardy. Mas todos os elementos originais estão lá. Confesso que faltou uma participação especial, além do protagonista original, de Tina Turner, que iriam transformar o filme numa bela homenagem aos atores que imortalizaram o título.
O filme se passa no deserto australiano, no planeta pós apocalipse, com pequenos grupos lutando pela sobrevivência. Max é aprisionado e levado para uma cidadela dominada por Immortal Joe (Hugh Keays-Byrne) que mantem o povo seu refém por causa da água que ele possui em seus poços e distribui em doses mínimas. Lá, Max se torna escravo doador de sangue para os soldados. Imperatriz Furiosa (Charlize Theron), uma das comandantes de Immortal Joe, faz uma rebelião e foge com as parideiras (jovens mulheres escravas que são obrigadas a ter filhos com Joe). Na sua fuga, os soldados são chamados a começa uma perseguição sem fim em carros de guerra, motos e caminhões preparados para atravessar as areias do deserto. Mad Max vai junto com os soldados pois estava preso a um deles, Nux (Nicholas Hoult). No meio da perseguição, ele acaba se desvencilhando do comboio de guerra e se unindo à Furiosa para que ela consiga escapar do exército que luta com lança-chamas, bombas e armamentos de todos os tipos. Daí seguem numa jornada atrás da terra onde Furiosa nasceu.
O filme tem uma fotografia impecável, com o calor do deserto transbordando em tons de laranja em contraste com o céu azul nas imagens diurnas e os tons de cinza nas noites escuras. Lindo demais! O clima é tenso p tempo todo, com pouquíssimos momentos sem perseguições, tiros ou guerra generalizada, um primor para quem curte filmes de ação. Achei interessantíssimo o uso de guitarrista e percussionistas com seus tambores amarrados nos caminhões, nos remetendo às guerras da Antiguidade e até mesmo da Era Medieval.
Uma coisa que me deixa intrigado é que todos os filmes pós-apocalípticos sempre mostram os homens ainda mais endurecidos e maus do que são hoje, voltando também ao primitivismo, o que entendo que seja totalmente contrário ao que provavelmente acontecerá. Acredito piamente que os maus serão eliminados por seu próprio egoísmo e orgulho e os homens mais humildes e caridosos é que serão os sobreviventes. Que assim seja!
Em tempo: adorei o filme! Recomendo!
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