Com esse calor de 50º no Rio de Janeiro, precisamos nos proteger! Não dá! Não aguento esse calor não! Minha dica: use filtro solar e use também o bom senso! Proteja-se dos raios UV e de muita incomodação! Praia no Verão carioca, só saindo dela antes das 10h ou chegando depois das 16h mesmo. E não é por causa do UV-A e UV-B, não... É para nos protejer da insanidade e das irritações da estação. Se só o calor já irrita, imagina encarar uma praia lotada? Ah, você acha praia a melhor diversão? Tente me convencer então...
Nesse calor nem a praia é agradavel. Praia boa é com 30º, no máximo 35º. Acima disso, é tortura. Sem falar em tudo o mais que vem junto com isso!
Primeiro é tortura para chegar na praia. Se escolho uma praia mais longe, trânsito infernal para chegar lá. Em seguida, a disputa para estacionar o carro. Lugares à sombra não existem. "Ah, deixe o carro e vá de ônibus..." Sim, e já vou me irritando no caminho, com o suor do cara que tá encostando no meu braço escorrer desde a testa dele até o ombro, descendo pelo braço e deslizando então para o MEU braço, escorrendo até a ponta do cotovelo e pingando entre meus dedos no meu chinelo!
Chegando na praia, finalmente a boa parte? Não! Se fui com
meu carro, levei minha barraca e minha cadeira, mas se não, tenho que
alugar uma cadeira que já foi usada por centenas de pessoas que deixaram
ali aquelas marcas escurecidas no encosto e assento, fruto de pele
queimada e morta, do suor de um dia inteiro que passaram ali
refastelados. Não, obrigado!
Aí começa a procura por um espaço, e encontrar um espaço na areia é quase como achar uma agulha num palheiro. Já estou todo suado só de ter descido do carro até aquele ponto e estou com aquela vontade louca de colocar a barraca e me sentar à sombra, mas procuro um lugar mais vazio. Encontro! Todo feliz, me acomodo ali. Até penso em esticar
uma canga e deitar na areia mas aí lembro que fazer isso é ser queimado pelas chamas solares que emanam da
areia. Se já queima nossos pés calçados de borracha grossa, imagina
nosso corpo apenas protegido por um pedaço de tecido?
Logo em seguida, chega uma familia enorme, com piscininha, baldes e uma barraca que parece roubada de um hotel da ultima viagem que fizeram com cupons do Peixe Urbano, de tão grande! Então as meninas esticam a canga atrás de minha cadeira e não
consigo nem reclinar o encosto, os tios abusados ficam enchendo a cara de cerveja e se sentam à sombra de minha barraca e as crianças começam a correr chutando areia para todos os lados. Essa areia cola nas minhas pernas e no meu corpo todo suado, me fazendo parecer um bife a milanesa.
Resolvo ia ao mar me refrescar e lavar a areia do corpo e quase sofro um choque térmico com aquela água polar. Fico alguns minutos tentando me acostumar, até que chega ao ponto em que meus pés parecem congelados, os ossos dóem! Resolvo mergulhar pra acabar a tortura e emerjo tentando gritar, mas falta voz e ar, estou congelado, a sensação de que sou um bloco de gelo sendo jogado para a direita e esquerda, boiando ao lado do corpo do Jack no Titanic.
Resolvo sair do mar e, antes de chegar na minha cadeira de praia, já estou suando de novo. Penso em dar uma corridinha, mas só de pensar, já estou desidratado. Qualquer atividade física, desde corridinha na areia até um frescobol, vira um desafio à hidratação corpórea. Sem falar no risco iminente de ser vítima de um arrastão que leva tudo o que ficou ao lado de sua cadeira. Mas o assalto na praia não é apenas o arrastão não. Os preços cobrados pelo Mate Leão, Água de Côco e Biscoito Globo fazem o Antiquarius parecer um restaurante barato!
Sinceramente, nesse calor eu nem reclamo de trabalhar. Na empresa tem ar-condicionado, economizo a energia de casa (se lá estivesse, estaria com o ar ligado, e abrindo a geladeira a cada 10min para beber água).
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