MEXA-SE

Não podemos confundir a felicidade com a satisfação. Numa analogia simples, comer um prato enorme de arroz e feijão vai nos satisfazer, matar a fome, mas será que nos faz feliz? Será que não queríamos comer um prato de massa em vez do arroz? Muitas vezes estamos apenas conformados com uma situação, mas ela não nos deixa felizes. Temos medo da mudança ou nem pensamos nela, mas se não nos movermos, nada muda. E se nada muda, estamos realmente felizes?

As mudanças em nossa vida acontecem por três motivos: quando algo externo nos move para mudar, quando desejamos algo novo ou quando estamos insatisfeitos com a situação atual.

O primeiro caso acontece por exemplo, quando somos demitidos, alguém morre, sofremos algum revés e por aí vai. Essa é a mudança mais fácil, pois simplesmente precisamos reagir a algo que fugiu de nosso controle. Não digo que seja mais dolorida, mas o movimento acontece de qualquer jeito.

O segundo caso, quando desejamos algo, parece bem fácil. A partir do momento que almejamos algo, como um novo emprego, uma viagem, um bem material, mudar de casa, ter um filho, nos envolver com alguém, etc. Nesse caso, definimos nossa meta e começamos o movimento. Se vamos ou não atingir nosso objetivo são outros quinhentos, mas pelo menos nos motivamos para a mudança, seguimos adiante.

O ultimo tipo de mudança, que é movida pela insatisfação funciona um pouco como a segunda. A partir do momento que identificamos que algo nos incomoda, precisamos orquestrar uma forma de mudar. E as razões são as mesmas do caso anterior, mas ao contrário, sair do emprego atual, mudar de ares, trocar um bem que está não funciona tão bem, sair de uma casa que só dá problemas, sair de um relacionamento que não nos satisfaz, etc. 

Toda mudança é sempre saudável. Assusta, às vezes, mas deve ser feita. O importante é reconhecermos a hora de mudar. Nosso maior problema é viver numa falsa zona de conforto. As vezes andamos tão ocupados com coisas menores que esquecemos de nossa felicidade. Será que estamos realmente felizes no nosso emprego, ou continuamos nele apenas porque o salário parece bom? Sentimos realmente vontade de acordar e ir para o escritório? Será que nosso relacionamento estábom mesmo ou apenas nos acostumaos com aquela pessoa ao nosso lado? Temos vontade de estar com ela? Ou estamos porque ela já conhece nossos defeitos e também conhecemos os dela o que torna fácil de se conviver? O convívio está mesmo bom? Você se sente feliz com essa pessoa? Somos felizes dentro de casa? Ou aquele encanamento velho está nos irritando, os vizinhos são barulhentos, estamos felizes em chegar em casa à noite? Será que estamos felizes ao nos olhar no espelho? Ou queremos mudar nosso corpo, fazer uma dieta, ou ganhar mais músculos? Será que realmente precisamos nos dedicar tanto aos nossos filhos ou eles podem ser um pouco mais independentes, deixando um tempo de sobra para nós mesmos? 

Pare um instante e pense: o que nesse momento você está vivendo que é apenas uma comodidade, mas não uma felicidade? Faça uma lista, depois avalie as mudanças que são mais fáceis, as que podem te trazer maior felicidade e vá a luta! Mexa-se!

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