
Ana Steel, jovem que está prestes a terminar a faculdade, ainda virgem, precisa substituir sua amiga Kate numa entrevista a um dos homens mais ricos dos Estados Unidos. Insegura, ao entrar na sala de seu imponente escritório, ela tropeça e se estabaca no chão. Isso foi suficiente para Christian Grey se interessar pela moça. Homem divinamente lindo, culto e inteligente, Christian consegue seduzir com poucos gestos, basicamente com sua postura atlética e olhar penetrante. Uma sequencia de clichês “mulher apaixonada” e “homem que não assume o amor” preenche as mais de 400 páginas do romance, com relatos de todas as relações sexuais que os dois mantêm, sempre culminando em orgasmos múltiplos da mocinha. Qual mulher moderna não sonharia em estar no lugar dela?
Os clichês e obviedades de comportamento estão presentes até na construção das personagens. Os protagonistas têm problemas de infância e seus medos se refletem diretamente sobre a relação que constroem. Ana, insegura, cujo pai falecera muito cedo num acidente, tem como exemplo paterno seu padrasto, que nem mais é casado com sua mãe, mulher instável que está no terceiro ou quarto casamento e que nunca conseguiu ter uma vida regular, buscando sempre o falecido marido nos novos parceiros. Christian é um bem sucedido empresário que teve uma infância difícil e foi adotado aos 4 anos por uma família rica. Ainda adolescente, foi seduzido por uma mulher mais velha e casada que o introduziu as praticas sexuais sadomasoquistas. O homem então não consegue se relacionar com ninguém e é obcecado pelo sexo na forma de dominador-submissa. Propõe então à jovem inexperiente de aceitar um relacionamento baseado nesse tipo de sexo e ela, no fundo apaixonada, topa.
O livro não traz nenhuma mensagem positiva e apenas mexe com os sonhos e libido da mulherada carente. Não recomendo. A não ser que você esteja no perfil acima ou precise de estímulo para sua masturbação. Enfim...
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