Piece of Me - Britney Spears (show)

Quem me conhece sabe que não sou fã da loira mais rica da Disney, mas acabei indo ver mais um show dela. Já tinha visto “Circus” em 2009 em Las Vegas (e acabei de ver que nem registrei nada aqui no blog na época, sinal de que realmente ignorei o evento, hahahaha) e voltei agora à mesma cidade e conferi o novo show “Piece of Me”. Ao contrário do outro que citei, este está como atração fixa na cidade dos cassinos. Circus passou por lá em duas únicas apresentações, mas o atual está em cartaz na cidade desde dezembro do ano passado.  

Com duração de cerca de 1h20min, o show traz algumas músicas do ultimo álbum da artista, como “Work Bitch” e “Perfume”. A primeira é a que abre o show. Em seguida ela apresenta “Womanizer” e “3”. E o show segue com uma série de sucessos de sua carreira, como "Piece of Me", “Baby One More Time”, “Toxic”, “I’m a slave 4 U”, “I Wanna Go”, “(You Drive Me) Crazy” e termina com “Till The World Ends”. Show de sucessos, bem ao estilo de Vegas. Os artistas que fazem “ponto” lá sempre apresentam seus hits para aqueles que querem algo mais do que gastar fortunas nos cassinos ou em festinhas de despedida de solteiro.

A produção é caprichada mas não megalomaníaca. Há um grande telão no fundo do palco e alguns elementos de cenografia, como uma gigantesca árvore de onde ela pula no início do ultimo bloco, cantando “Toxic”. Show menos grandioso que “Circus”, num palco bem menor, com menos efeitos visuais, fogos, explosões e até menor numero de bailarinos e artistas no palco, mas com um repertório mais conhecido e que embalou mais a plateia. Um destaque do show foi quando ela entra suspensa por um cabo, com asas de anjo enormes e um vestido com 10 metros de comprimento. Depois de apresentar uma música, os cabos a “pousam” no palco e os anjos se tornam demônios e ela surge no meio deles de preto. Achei interessante essa transição, o jogo de cena. Mas confesso que foi apenas essa cena que me chamou atenção.

O corpo de baile é impecável e bem coreografado, mas a popstar parece que anda cansada de dançar. Seus movimentos são robotizados e sem energia. Cantar ela não canta, todo mundo já sabe, mas dubla muito bem, pois parece que ela está cantando mesmo. Mas percebe-se a mudança na qualidade do vocal nos poucos instantes em que ela fala com a plateia.  Ela poderia ser ao menos mais simpática. Ela raramente direcionou seus olhos aos poucos fãs que gritavam no gargarejo. Acenar ou tocar as mãos então, nem pensar. O sorriso é plástico e artificial. Aliás, tudo ali é artificial, no padrão Disney que a criou. Maquiagem pesadíssima pra manter o look jovial até o fim da apresentação e roupas que escondem a barriguinha. Ok, ela está bem mais magra que na Circus e acho também que perdeu peso desde o inicio dessa turnê, pois toda hora ela puxava o short/calça que estavam caindo... hahaha

Tudo bonito mas nada emocionante. E, para mim, então que nem sei a letra das músicas, só consegui cantar em dois momentos: na abertura e num interlúdio em que colocam no telão o Will.I.Am cantando “Scream & Shout”. Nunca acompanhei a carreira dela, provavelmente devido à minha idade. Ela começou a fazer sucesso com o publico adolescente quando eu já estava curtindo Haddaway, Gloria Stefan, Mariah, Shakira, Destiny’s Child, PSD, 50 cent nas pistas de dança.

Enfim, o show vale para quem é fã da performer ou das músicas que ela apresenta. Fora isso, mais do mesmo lixo industrial americano.

Uma coisa que me surpreendeu foi a quantidade de fãs brasileiros no show ali no gargarejo. Impressionante! Acho até que eram a maioria...

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