A peça de Wadji Mouawad já foi encenada em diversos países e ganhou até versão cinematográfica no Canadá quando levou indicação ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro em 2010 (veja aqui minha resenha), e agora chega ao Brasil encenada por Marieta Severo. Além dela, estão no elenco Felipe de Carolis, Keli Freitas, Marcio Vito, Kelzy Ecard, Julio Machado, Isaac Bernat e Fabianna de Mello e Souza, todos sensacionais. A peça consegue ser ainda mais vibrante que o filme, num clima tão envolvente que nem percebemos o tempo passar (e são duas horas de duração).
Nawal é uma mulher que ficou calada nos últimos 5 anos de sua vida. Antes de morrer, deixa um testamento para seus filhos gêmeos pedindo que procurem por seu pai e por seu irmão. Os irmãos, de 22 anos, nem sabiam que seu pai estava vivo e muito menos que sua mãe tinha tido outro filho. A moça resolve atender ao pedido da mãe, enquanto o rapaz, revoltado, não concorda em fazer as suas últimas vontades. Quando Jeanne sai em busca de pistas que a levem ao pai, cenas de flashback se alternam mostrando a vida de sua mãe.
Um drama muito comovente que se passa num país árabe (propositalmente, não se cita onde a história se passa, pois pode ser a realidade de qualquer aldeia de qualquer país da região com mais conflitos do planeta).
Não consigo aqui reduzir a história a uma sinopse. A intensidade com que tudo acontece é incrível, com uma iluminação e trilha sonora que nos levam para dentro da história. O cenário é simples, mas o fato de não haver tablado e as cadeiras da primeira fila ficarem no mesmo nível dos atores nos transporta e deixamos de ser espectadores para viver junto com eles toda aquela história.
Emocionante, arrebatador. Um final que deixa a todos perplexos, num enredo que envolve a todos, simplesmente não se pode perder o espetáculo.
Ele está em cartaz no Teatro Poeira e os ingressos custa R$90,00. Não perca! A melhor peça dessa temporada, com certeza!
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