Um filme bem produzido, com boa qualidade de áudio e imagem, se falar na cenografia. Mas acaba aí. Apesar do argumento engraçado, o enredo foi mal desenvolvido, as piadas infames e atores fracos. Esperava mais do talentoso Fabio Porchat, mas ele não conseguiu entrar no personagem central desse filme, o bandidão João do Morro. Mariana Rios se esforça mas também se perde em alguns momentos com sua “Gildinha”. Os atores que merecem destaque são Leandro Firmino e Fábio Lago (os policiais Nervoso e Tranquilo) e Kiko Mascarenhas (que faz o travesti Diaba Loira, ex-dono do morro que é preso e deixa sua posição para Do Morro). O filme tenta fazer uma paródia a filmes como Tropa de Elite e Cidade de Deus, mas nem mesmo nos momentos em que há referências a essas obras o filme é engraçado. Quase dormi na poltrona do cinema e só não fui embora porque nunca desisto de ver até o fim, dando uma chance para o filme melhorar. Não foi o caso.
Diaba Loira perde a disputa do controle do morro DDC para Do Morro e vai presa. Do Morro tem uma queda por Gildinha e tenta convencê-la a ser a primeira dama da comunidade, mas ela reluta. O menino Da Fé (Lucas D’Jesus), também apaixonado pela moça, junto com seu irmão e Bracinho (Gleison Silva) resolvem virar bandidos para tomar o morro e conseguir o coração da moça. Está armada a confusão, pois ninguém ali é bandido de verdade. Enquanto isso, o repórter Wanderlei (Fábio Assunção) precisa fazer uma entrevista com Do morro para a capa da revista onde trabalha. Trapalhão, ele pede ajuda a Gildinha para essa ação e as histórias então começam a se misturar. O final do filme deixa a desejar e parece que nem mesmo quem escreveu sabia como terminar a confusão armada.
As risadas surgem apenas pelo desempenho individual de alguns atores (que já destaquei no primeiro parágrafo). Mas é um filme que não vale ser visto nem na sessão da tarde. Aliás, muita gente deve saber disso, pois na sessão havia apenas 8 pessoas (numa sessão de domingo, quando os cinemas estão cheios).
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