Não é a primeira vez que Information Society vem ao Brasil, e provavelmente não será a última. Eles já vieram várias vezes ao Brasil (eu mesmo já os tinha visto em 91, na segunda edição do Rock In Rio). Fui ao show movido pelo convite de uma amiga, pois nem estava nos meus planos rever essa banda e seus 5 ou 6 sucessos. Esperava encontrar uma Fundição progresso vazia, mas para minha surpresa o lugar estava bem cheio. O público era composto apenas por pessoas que já passaram há um bom tempo dos seus 30 anos, ou seja, gente que curtiu InSoc na sua adolescência e juventude.
Eles fizeram um show com uma hora e meia de duração, mesclando seus sucessos da década de 80 e 90 com material mais novo (ok, nem tão novo assim, da década passada). Alguns fãs cantavam e dançavam o tempo todo, mas a grande massa pulou mesmo nos sucessos. O público gritou mesmo foi em “Running”, rolando o sonoro “Vai Tomar No Cu” ao final de cada verso. Engraçado que Kurt (o vocalista) já sabia desse “adendo” que os brasileiros colocam na música e já apontava o microfone pra platéia esperando os gritos. Foi uma grande volta à adolescência. Kurt falou bastante em português e brincava ao final de cada númeor avisando que “a música acabou”, isso porque como a batida eletrônica às vezes faz pausas longas, muita gente batia palmas na hora errada.
O vocalista entrou em cena vestindo uma capa preta e se debatendo feito louco. Jogou a capa e começou a apresentação, sempre com uma baqueta na mão que lembrava uma vara de mágico e com a qual batia na sua bateria eletrônica que produzia os sons mais bizarros da apresentação. InSoc, como todos sabem, não tem os instrumentos tradicionais. Para sua batida eletrônica, cada música tem seu próprio sintetizador (ou bateria eletrônica, sei lá como se chama isso). Kurt estava inspirado, divertido e interagia muito com a plateia (bem diferente da apresentação xoxa que vi há mais de 20 anos, no Rock In Rio, quando ele desfilava de patins pelo palco e parecia estar tão drogado que ignorava o público). Dessa vez, sem os patins, o música corria mesmo de um lado pro outro. Em determinado momento, durante a música “How Long”, ele pegou a câmera de um espectador e filmou cada um dos músicos da banda. Esse fã deve estar feliz até agora com o filme exclusivo que conseguiu...
Kurt desafinou muito, mas quem estava lá queria mesmo era reviver momentos de sua juventude, então ninguém parecia incomodado com os agudos desafinados. O ponto alto do show ficou com “Think”, o maior sucesso da banda por aqui, quando ele batia no seu sintetizador que soltava o som metálico de uma voz gritando “Sagabara”. A banda apresentou ainda os sucessos “What’s On Your Mind”, “Repetition” e “Walking Away”.
Depois que InSoc deixou o palco, a Fundição virou uma grande festa Hi-Fi de playground, com aquelas músicas que marcaram época, como Depeche Mode, New Order, Oingo Boingo, Cindy Lauper, Madonna, a-ha e muito mais. O Dj (infelizmente não sei seu nome) soube animar a galera que ficou por lá se acabando de dançar e fez o ingresso pro show valer mais do que se tivéssemos apenas a apresentação da banda pop.
Jornalista? Esse cara? Alguém que escreve "Para sua batida eletrônica, cada música tem seu próprio sintetizador (ou bateria eletrônica, sei lá como se chama isso)" não pode ser considerado jornalista. Sem mais. Vá se informar antes de escrever sobre algo que não conhece.
ResponderExcluirQuem disse jornalista? Meu perfil diz: "Maratonista, especialista em telecom, cronista, consultor sentimental (pelo menos estou cercado de loucos...)"
ExcluirAbraço!
Sensacional o seu comentário vive essas mesmas coisas que vc citou no show de ontem dia 28 de janeiro 2023 no Terra SP foi incrível ❤️
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