Rio Verão Festival (show)

A Rede Record de televisão organizou no Estádio do Engenhão no último sábado um evento musical chamado Rio Verão festival. Segundo eles, ano que vem terá outra edição, mas a depender do “sucesso”, acho difícil. Como estava bem vazio, é difícil avaliar se a segurança e estrutura estavam adequados, pois somente no tumulto é que se vê se a estrutura suporta mesmo ou não. Estava tão vazio que os cambistas vendiam na porta do estádio ingressos para a Pista Premium por R$ 10,00 (o preço da entrada era R$ 120). Alguns pontos falhos da organização foram: 1) não divulgar antecipadamente a ordem das apresentações (somente no dia 02, véspera do evento saiu o line up completo); 2) A mudança de última hora na ordem de apresentações (Zeca Pagodinho entrou no palco depois de Os Paralamas do Sucesso).
 
Aliás, o line up foi bem misturado. Tinha Naldo, Rebeldes, NX Zero, Zeca Pagodinho, Paralamas, Skank, Marcelo D2 e Daniela Mercury. O evento começou às 16h e términos depois das 3h da manhã. Cada banda se apresentava por uma hora e mais 30min para troca de palco (até que essa troca era rápida, as vezes levando apenas 20min). Não cheguei cedo, pois nenhuma das primeiras atrações me interessava. Vi os shows de Paralamas, Zeca, Skank e Daniela Mercury.

A apresentação de D2 foi marcada por gritos, ruídos e quase nada de música, além de uma imensa marola de maconha no ar. E, depois desse show, o Engenhão ficou praticamente vazio para a apresentação de Daniela Mercury. Melhor pra quem ficou, pois tínhamos espaço a vontade para dançar. Ok, eu também fui obrigado a ver Marcelo D2, mas assisti sentado e de costas pro palco, brincando de roda com os amigos. Que cara chato!

Zeca Pagodinho começou o show com “Verdade” e fez uma apresentação com músicas de seu novo trabalho (que será lançado esse mês ainda) e também sucessos das antigas, como “Samba Pras Moças”, “Jura” e encerrou com o mega sucesso “Deixe a Vida Me Levar”. Parou várias vezes para bebericar sua cerveja, conversou, deu tchauzinho para amigos na platéia, distribuiu beijos para as fãs, uma simpatia. O que tem de carisma, lhe falta de voz. Quase não conseguia cantar, sempre suportado pelas backing vocals. Em “Vai Vadiar”, quase não se ouve a sua voz (veja no vídeo que fiz).

Skank e Paralamas fizeram show apenas com seus sucessos. Herbert, Bi e Barone tocaram músicas da época que os fãs de Rebeldes ali presentes não eram nem nascidos. Mas, como sempre, mandaram muito bem. Samuel Rosa (que parece usar a mesma camisa xadrez em todos os shows), tabém animou o publico e foi um dos shows que mais fez a galera pular e dançar. Veja aqui os vídeos de “Garota Nacional” e “É Proibido Fumar”. Herbert Vianna fez o povo balançar já nas primeirsa músicas que cantou: “Óculos” e “Meu Erro”.

A última atração da noite era a que eu mais esperava. Daniela subiu ao palco às 2h da manhã e fez um show madeirada, uma verdadeira ressaca de Carnaval. Começou com “Levada Brasileira (Capoeira)”  e seguiu com seus grandes sucessos, como “É Carnaval”, “Canto da Cidade”, “Swing da Cor”, “Quero a Felicidade”, “O Mais Belo dos Belos”, “Rapunzel”, “Oyá Por Nós”, entre outras e encerrou com o samba exaltação “Quero Ver o Mundo Sambar”. Durante a apresentação, fez uma bela homenagem a Lucio Dalla, cantor italiano que faleceu na semana passada e que faria 69 anos no dia 04 (domingo). Ela cantou um trecho de “Caruso” e emendou com “Iluminado” (veja abaixo o vídeo). 



O povo que ficou para vê-la não arredou pé. Todos pulavam e dançavam muito, mesmo com o temporal que começou a cair nos últimos minutos do show. A Rainha não se abalou com a chuva, agradeceu ao público reduzido que ainda estava ali e fez mais um show antológico.

Vamos agora esperar ano que vem pra ver o que a emissora do bispo apresentará na segunda edição desse festival.



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