Assalto ao Banco central (filme)

Com estreia marcada para o dia 22, ontem rolou a pré no UCI da Barra da Tijuca do filme "Assalto ao Banco Central". O filme é estrelado por Milhem Cortaz (o "Barão", líder do grupo de assaltantes) e conta ainda com Eriberto Leão (Mineiro, o articulador do grupo), Lima Duarte (Chico, delegado da Polícia Federal), Giulia Gam (a agente federal Telma), Hermila Guedes (conhecida por interpretar  Elis Regina num especial da Globo, no papel de Carla, amante do Barão), Tonico Pereira (o engenheiro do grupo, chamado de Doutor), Gero Camilo (excelente como o Tatu, responsável por escavar o túnel), Vinicius de Oliveira (o menino de Central do Brasil, já adulto dando show como Devanildo, evangélico irmão de Carla) e muitos outros, como o novo "galã" da novela das 21h, Juliano Cazarré (Décio, mais um dos assaltantes).

A história, baseada em fatos reais, mostra todo o trabalho dos assaltantes de um dos mais espetaculares roubos da história recente do Brasil. O grupo, conduzido por Barão e Mineiro planeja e executa o roubo do Banco Central do Brasil de Recife. São três meses de trabalho, escavando um túnel que sai dentro do cofre do banco, de onde roubam mais de 160 milhões de reais. Muita intriga entre eles, bandidos profissionais e amadores, e uma grande investigação feita por Chico e Telma numa busca frenética por pistas e culpados são as tramas desse enredo.

O filme intercala dois tempos distintos, mostrando tanto o grupo planejando e executando sua façanha como os policiais já prendendo alguns dos participantes do bando. Essa apresentação de dois tempo distintos deixa o filme bem dinâmico e prende nossa atenção. O elenco está afinadíssimo, com alguns pequenos deslizes. A direção foi acertadíssima (Marcos Paulo mostra seu grande talento como diretor) e a cenografia também é excelente. Um filme para ser visto por todos.

Não deixa nada a desejar aos grandes filmes policiais americanos e está longe daquela velha classificação de filme nacional (que eu, preconceituosamente subdivido em três categorias: filmes que têm a cara de seriados da Globo - leia-se comédias bobas com o elenco principal da emissora, filmes de violência e pobreza e filmes sem pé nem cabeça de diretores que conseguem verbas e não conseguem passar nenhuma mensagem). Esse filme teve a proeza de fugir de todos esses nichos e é mais uma grade exceção no mercado nacional. Desejo que tenha uma brilhante estréia e que consiga explodir não apenas nas telas brasileiras mas que consiga também merecidos prêmios e salvas da crítica internacional. 

Não perca! Prestigie o bom cinema.