Eu não ia ao show. Já tinha decidido isso. Conheço apenas as músicas que tocam nas rádios e, embora goste do estilo, achava que um show do Jack Johnson não seria nada demais. Mas, na última hora um amigo tinha um convite e não pude recusar a proposta, mais para rever o amigo do que pelo show em si. E não é que o show era exatamente como eu imaginava? Jack Johnson não é artista para show espetacular, com efeitos. O show é bem simples esmo, ele com seu violão, guitarra e seus 3 músicos (bateria, baixo e piano). Espalhados pelo palco enorme, com apenas um telão ao fundo sem nenhum outro efeito especial. O cantor parecia estar usando a roupa que vestira no início da manhã. A calça jeans estava até amarrotada e ele calçava chinelos (que acabou jogando para a platéia no meio do show).
SIMPLICIDADE. Essa é a palavra que define o artista e seu show. O cara é bem tranquilão, estilo surfista que sabe curtir a vida. E, por isso mesmo, seu show é muito bom! Música de qualidade, baladinhas gostosas de se ouvir. Só não foi uma apresentação padrão nota 10 por causa do local. O HSBC Arena é muito grande para esse tipo de show. Não no sentido de lotação, pois a casa lotou mesmo, mas com relação ao tipo de som e proposta do artista. Acho que um lugar menor, como o extinto Canecão, seria mais adequado para essa apresentação. Mas, como cachê de artistas internacionais são muito altos, acho que uma casa pequena teria os ingressos com preços inviáveis para nossa realidade.
Jack Johnson tocou seus hits “Times Like These”, “Better Together”, “Upside Down”, “Good People”, “You and Your Heart” e “Sitting, Waiting, Wishing” e muitas outras músicas que a plateia cantava junto. Aliás, nunca vi publico tão participativo. A mulherada gritava no primeiro acorde de cada nova canção apresentada e todos cantavam os refrões. Parecia que só eu ali não tinha a discografia completa (de 3 álbuns) do artista. No final do show subiu ao palco G Love, cantor que tocara antes da apresentação de Jack Johnson. Ele tocou gaita e cantou algumas músicas com Jack Johson. O cara também é muito bom (na abertura, vi as pultimas musicas de sua apresentação, num estilo country bem animado). Juntos no palco, até uma palhinha de “Mais Que Nada” do Sérgio Mendes rolou.
Em resumo, foi um show muito bom. Quero registrar também que nunca vi platéia tão global e repleta de celebridades. O que indica que o publico dele está longe de ser daqueles fanáticos que ficam importunando os “famosos” pra tirar fotos pra colocar no “Orkut”. Povo educado, música de qualidade, cerveja gelada e sem filas, sem tumulto para estacionar ou sair do pavilhão... enfim, uma grande noite!
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