Ontem à noite Amy Winehouse fez seu primeiro show em solo carioca. Pra quem perdeu e não tem ainda os ingressos para hoje, vá para a porta e se prepare para uma facada comprando na mão de cambistas. Mas só vá se você sabe o que esperar do show. Vi muita gente reclamando da curta duração do espetáculo, da voz da cantora, de alguns deslizes nas letras das músicas... Mas isso é Amy! Quem conhece a cantora e suas performances sabe que ela não consegue se apresentar sem estar um pouco “alterada” com álcool e talvez um algo a mais. Mas Amy sem fazer isso não seria Amy. Ontem ela estava feliz! Ela sorria para os músicos, sussurrava para eles, fazia sinais e gargalhava. Ela estava bem à vontade (no seu estilo) para a noite. Até para a plateia ela sorria e olhava para todos os lados, vendo a arquibancada da arena lotada.
No palco, uma enorme bandeira do Brasil dava o tom da noite. E Amy entrou em cena vestindo um microvestido de oncinha. Estilo safari num país tropical (rsrs). Ela começou o show às 22h35min com “Just Friends” e emendou “Back To Black”. Com esses dois hits, já conquistou a plateia. Antes de cantar mais um de seus singles, correu em direção aos backing vocals e se jogou em cima deles. Ela estava mesmo em êxtase, divertindo-se muito! Cantou o single e depois mais duas inéditas. Então fez sua primeira saída do palco. Aliás, ela já estava quase saindo quando se lembrou de apresentar o backing vocal. Voltou correndo, pegou o microfone, fez a introdução e então saiu do placo (por duas músicas). Na volta, mais sucessos de seus dois CDs. Cantou “Rehab” e a galera foi ao delírio. Mais alguns minutos, ela saiu de novo do palco, dessa vez acompanhada pela banda. Entendemos que era o fim do show. Em poucos minutos, todos voltaram para o bis, quando ela cantou “Love is Losing Game” e “Me and Mr. Jones”. Ela saiu do palco e a banda se despediu tocando mais uma. O show acabou às 23h40min, ou seja, foi realmente curto. Mas Amy cantou umas 13 ou 14 músicas. O fato é que as músicas dela são realmente curtas, então o show não tinha como se alongar mesmo. Um bom show, com uma cantora que tem uma voz excelente, mas que está sendo prejudicada pelas drogas. Espero mesmo que ela consiga se reabilitar e volte com um novo trabalho tão arrebatador quanto os anteriores. Torço por Amy!
Antes da apresentação de Amy, quem fez a abertura foi Janelle Monae. Outra cantora com grande potência vocal. Uma pena que seu desempenho foi prejudicado pela qualidade do som (estava muito alto e distorcido). Nas músicas mais lentas, podia-se perceber sua extensão vocal, mas nas mais agitadas, um barulho muito alto doía nos ouvidos. Ela estava vestida com uma capa preta e parecia uma grande vampira. Em alguns momentos, me lembrou também Lauryn Hill (mas não na sua deprimente apresentação no Citibank Hall ano passado). Janelle pode vir a se tornar um grande nome do soul. Vamos acompanhar.
Quero deixar registrada a desorganização da HSBC Arena. Havia poucos bares e muito tumulto para a compra de tickets e retirada da bebida. Sem falar que a cerveja estava quente antes mesmo do início do show. Como assim? A casa não esperava o público? Não esperava que as pessoas bebessem? E mais: faltou também segurança. Muita gente fumando (cigarro e maconha) a tal ponto que a ‘marola’ já estava me dando dor de cabeça. O Rio de Janeiro está mesmo sofrendo com os poucos e fracos lugares para apresentações (veja meu post sobre o show de Elba Ramalho e os problemas de sábado no Vivo Rio).
Estou todo arrepiado!!!!
ResponderExcluirQueriaaa mto² rsrs
Mandou muitoo bem!!
L.F.