A Suprema Felicidade (filme)

Arnaldo Jabor ficou anos sem fazer nenhum filme. Por mim, podia ficar muitos mais. Que filme chaaaaato! Se esse filme é a Suprema Felicidade, tenho medo do que ele pensa como seja a Tristeza Profunda ou a Monotonia Sem Fim...

O enredo do filme é a história de Paulo desde sua infância, com os pais começando as crises conjugais, passando pela adolescência com as implicâncias no colégio, as fotos de mulheres peladas e vai até os seus 19 anos quando perde a virgindade enfim. Mas o ponto central e o relacionamento do menino com seu avô, vivido por Marco Nanini (a única interpretação digna de nota, pois ele dá um show). Jayme Matarazzo e Dan Stulbach não estão mal em seus papéis (O protagonista e seu pai), mas também não conseguem empolgar. Quem se salva ainda é a Maria Flor, numa pequena participação como uma das paixões do jovem Paulo.

O filme tem erros crassos de edição, continuidade, cenografia (por exemplo, mostram o aterro do Flamengo com todos os seus prédios e ônibus circulando, antenas nas casas, numa história que se passa nos anos 40 e 50), uso pobre de chroma-key, com efeitos ainda mais tristes. Arnaldo Jabor parece que seguiu a risca uma máxima dos anos 70 de uma ideia na cabeça e uma câmera na mão. Além desses erros, o fato de a história não ser contada de forma cronológica só aumenta a confusão, com passagens de Paulo criança, adolescente e já um rapaz se misturando. Uma viagem sem rumo. Sem contar nas totalmente desnecessárias cenas de sexo, mulheres de peito de fora. Jabor realmente parou no tempo. No tempo das pornochanchadas.

(Adicionado depois: Esqueci de comentar que as gírias usadas pelo elenco e o excesso de palavrões também não condizem com a época que o filme retrata.)

Desanimador mesmo. Pensei em sair no meio da sessão, mas fui instigado a ficar para ver como terminaria a história. Resumo: perdi meu tempo!



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