O Solteirão (filme)

Mais uma estreia nas telas do Rio na semana passada, “O Solteirão” (Solitary Man, no original) traz Michael Douglas como protagonista de uma suposta comédia. Digo “suposta”, pois embora o filme tenha realmente alguns momentos engraçados, o enredo é de um grande drama. Aliás, o título em português não condiz com a história. Ben (Douglas), durante exames de rotina é alertado por seu cardiologista que pode estar com um grave problema cardíaco e precisa fazer mais exames. Ele não faz os exames e a partir daí, sua vida muda inteiramente. Ele perde sua fortuna e credibilidade nos negócios, separa-se de sua esposa Nancy (Susan Sarandon) e se vê a cada dia com uma nova namorada. É um homem solitário e não um solteirão, como diz o título. Aos poucos vai-se conhecendo melhor sua personalidade, valores, relações com a esposa e filha Susan (Jenna Fischer), além dos namoricos com moças mais novas que sua filha ou da sua idade. Ele também reencontra um antigo amigo de faculdade (Danny DeVito).

Os diálogos são ácidos, cáusticos mesmo. E nas entrelinhas das piadas entende-se muito da humanidade de cada um dos personagens. Um belíssimo texto e muito bem interpretado por aquele que sempre foi o grande garanhão das telas de cinema (vide Instinto Selvagem). Michael merece ao menos uma indicação ao Oscar por ser tão autêntico nesse papel. Uma pena a participação de Susan Sarandon ser tão reduzida.

Vale muito à pena conferir.

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