Leonardo DiCaprio (como Cobb) é o astro principal do filme “A Origem” (Inception), escrito e dirigido por Christopher Nolan (o mesmo da nova série Batman). No elenco estão também Joseph Gordon-Levitt, do seriado “3rd Rock from the sun”, no papel de Arthur, Ellen Page, a menina de “Juno” e “MeninaMá.com” como Ariadne, além de algumas participações especiais como Michael Caine interpretando Miles, pai de Cobb e Pete Postlethwaite como Maurice Fischer.
Cobb é um agente que trabalha roubando idéias de pessoas durante seu sono. Ele invade suas mentes e consegue obter os segredos mais escondidos de qualquer um. Mas ele não pode voltar para seu país, EUA, pois é acusado de um crime que não cometeu. Então é obrigado a viver longe de seus filhos e vendo sua falecida esposa apenas em seus sonhos. Eis que surge uma proposta para ele conseguir se livrar de todas as acusações e voltar para os Estados Unidos. Para isso, precisa, ao invés de roubar pensamentos, inserir uma idéia na mente de uma pessoa. Então ele monta uma equipe de experts para que juntos consigam cumprir essa ação.
O filme traz efeitos especiais fantásticos, especialmente nas cenas que ocorrem pelos quartos e corredores de um hotel em que os personagens flutuam num ambiente de gravidade zero. Mas há também as tradicionais cenas de perseguição, tiroteios, explosões essenciais em qualquer filme de ação. Mas, muito mais que a ação, o forte do filme é a tensão que ficamos o tempo todo, pois a maior parte do tempo o que se vê em cena são os sonhos, onde tudo pode acontecer, desde um trem desgovernado até tempestades num ambiente fechado. A única coisa que não pode ocorrer é a morte, pois quando se morre num sonho, acabamos acordando.
O filme lembra muito alguns dos efeitos de “Matrix”, mas, sobretudo, me lembrou muito “A Ilha do Medo”. Não sei se pelo simples fato de o protagonista ser o mesmo (Leo DiCaprio que não possui muita carga dramática e repete-se sempre nas caras e bocas que faz), pelo fato de em ambas histórias o protagonista ser atormentado por imagens de sua falecida esposa ou se pelo fato de ambos filmes retratarem nossa mente (loucos na “Ilha do Medo” e sonhos em “A Origem”). Mas o que é fato é que esse filme é muito melhor que o outro e digo até que é, até o momento, um dos que merecem indicações ao Oscar (enredo, efeitos e talvez até mesmo, filme).
Vi muita gente criticando o filme por não entendê-lo ou por não haver explicações sobre como o processo é feito para que uma pessoa entre no sonho de outro, mas isso acaba sendo um detalhe que, se explicado, tiraria a sua graça.
Junto com “Toy Story” é um dos melhores filmes atualmente em exibição. Vai logo ver, vai!
Confesso "A Origem" me fez pensar e sai da sala multiplex com um sorriso estranho e curioso, rs.
ResponderExcluirCharlie B.