Sábado rolou a festa de comemoração de um ano da rádio Sul América Paradiso na Fundição Progresso. A noite contou com apresentação de “Os Paralamas do Sucesso”, “Skank” e “Marcelo D2”, nessa ordem. Adorei a ordem escolhida pois não queria mesmo assistir ao último show pois não curto o som do D2. Então aqui vou apenas comentar os dois primeiros e a organização do evento.
Me surpreendi quando cheguei à Lapa e vi o tamanho absurdo da fila para entrar na Fundição. Era pouco mais de 23h e apenas a entrada lateral da casa estava aberta. A fila dava a volta e chegava até a entrada principal. Dei sorte, pois quando cheguei ao final dessa fila, a porta principal foi aberta e pude entrar sem perder muito tempo. Mas, assim que entrei, nova surpresa. O show dos Paralamas já tinha começado. Eles estavam tocando “O Beco”. Acho que foi a primeira música da noite, então não perdi muita coisa. Mas muita gente deve ter perdido boa parte do show. Tinha lido no jornal que o show começaria apenas à meia-noite, mas ele iniciou 15 minutos antes.
O show dos Paralamas foi perfeito. Herbert, Bi e Barone tocaram seus grandes sucessos (como Meu Erro, Ska, Alagados, Bora Bora, Lourinha Bombril e muito mais). Herbert em muitos momentos me lembrava B.B. King, pois como o grande mestre do blues, também não pode se locomover pelo palco e ficou sentado em sua cadeira durante toda a apresentação. Também não largou de sua guitarra (mais uma vez, como o mestre). Completando o trio, havia ainda os metais (sax e trombone) e teclado. Uma apresentação curta, de uma hora e com um bis que incluiu o primeiro grande sucesso da banda, “Vital e Sua Moto”. Foi um show vibrante, com a plateia cantando aos berros e pulando como se estivéssemos ainda no final dos anos 80 ou início dos 90. Algumas músicas estavam mais aceleradas que o normal, talvez pelo fato de o show ser curto ou para ficarem mais dinâmicas, mas gostei da aceleração. Herbert não fazia intervalos entre as músicas e parava só de vez emquando para mandar algum recado para a galera! Fazia tempo que não via show tão bom e sem aquelas parafernálias que as bandas novas precisam, como iluminação, troca de cenários. O rock dispensa essas frescuras todas!
Depois de meia hora de espera começou o segundo show da noite, com Samuel Rosa à frente de sua banda, Skank. Ele intercalou sucessos antigos com as músicas mais novas, mesclando músicas dançantes com as baladinhas românticas que fazem parte do repertório. Ele brincou muito com a platéia, fez louvores ao Rio de Janeiro e também um discurso defendendo o rock e agradecendo por existir público para esse gênero, quando muita gente descambou para o “sertanejo”. Ainda bem que ainda tem gente como eu que curte o rock! Dessa vez Samuel se comportou mais no palco e não se atirou sobre o público como eu já tinha presenciado anos atrás numa apresentação no Citibank Hall (à época, ainda ATL Hall). A despedida foi ao som de “Saideira” com Barone na bateria. Pra ser melhor, só mesmo se Herbert e Bi participassem desse momento.
Foi uma grande celebração ao rock’n’roll, ritmo que anda meio esquecido, mas que a Paradiso soube resgatar no seu aniversário. Parabéns pela iniciativa!
Ainda vou postar alguns vídeos no youtube, então passem no meu canal para ver (www.youtube.com/fmendelski)
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