Lindo, emocionante, comovente...
Dois filmes, duas décadas, dois atores e um mesmo diretor (Richard Linklater). Embora rodados com 9 anos de diferença, “Antes do Amanhecer” e “Antes do Pôr do Sol” trazem os mesmos atores (Ethan Hawke e Julie Delpy) fazendo os mesmos papéis (Jesse e Celine). O primeiro longa é de 1995 e o segundo, 2004. E por que faço a crítica dos dois num único post? Por que a história é uma só, dividida em dois momentos.


Com poucas locações no segundo filme e pouco mais de duas semanas para rodá-lo, os atores ensaiaram muito seus longos diálogos. Muitas cenas foram feitas em um take só, com diálogos de mais de 8 páginas, o que, para quem é ator ou conhece o ofício, sabe que é uma loucura! Os atores foram também os roteiristas dessa segunda parte da história. Detalhe é que, quando fizeram o primeiro filme, não tinham ideia de que um dia fariam o segundo, ou seja, o primeiro filme poderia ter sido o único. O trabalho dos atores nos dois filmes é magnífico, de uma verdade tão incrível que parece que estamos vendo uma história real, um documentário filmado sem que eles soubessem. Não é à toa que o primeiro filme ganhou o Urso de Prata de Direção do Festival de Berlim, e também indicado no MTV Movie Awards para melhor beijo (Ops! Agora vocês sabem que teve um beijo no filme). E o segundo foi indicado ao Oscar de melhor roteiro adaptado (que perdeu para o também excepcional Sideways – Entre Umas e Outras). Ambos foram indicados ao Urso de Ouro como melhor filme. No DVD de “Antes do Pôr do Sol” – entre os extras – há depoimentos dos atores e do diretor que também são imperdíveis, mostrando o making of das filmagens em Paris.
Esses dois filmes representam uma saga muito melhor que qualquer enredo maluco de vampiros e lobisomens. São dois filmes que mexem com nossas emoções, longe de serem romances bobos ou comédias baratas. Uma linda história em dois capítulos. E que nos deixam com vontade de ver um terceiro episódio, quem sabe daqui a 3 anos, em 2013...
Apoiadíssimo amigo, quanto ao comentário sobre essa febre repentina por filmes de lobisomens e vampiros. Maaaaas, a mesma atriz principal deste filme fez um outro, de mesmo tema, chamado: um lobisomem em paris.
ResponderExcluirtudo bem que não deve ter feito o sucesso que essa modinha hoje em dia faz, mas cuidado ao fazer comparações. sou totalmente contra essa epidemia de vampiros que tem a pele brilhante a luz do sol, prefiro o velho e bom drácula que gosta de um sangue de gente viva e não deixa de sugar sangue humano pra virar um vampiro bonzinho que só bebe sangue animal... quase um vegetariano do mundo vampiresco! kkkkkk
brincadeiras a parte, excelente post!
abração, camila :)