Depois de mais de dois meses, finalmente terminei de ler “Pobre George” (tradução de Maria Alice Máximo; Record), romance da americana Paula Fox, ambientado na Nova York dos anos 60. George Mecklin é professor, tem cerca de trinta e poucos anos e é casado com Emma. Acabam de se mudar de Nova York para o interior, próximo à cidade. Ela passa os dias em casa enquanto ele vai de trem até a cidade para lecionar. Sua vida é um grande vazio e possui visão negativa de tudo e todos. Mas tudo isso muda quando ele conhece Ernst, um jovem que vive invadindo as casas da redondeza apenas como voyer. Ele sente uma forte ligação com o jovem de 18 anos e resolve ajudá-lo em seus estudos e ensiná-lo sobre literatura. Sua esposa é contra aquele relacionamento, pois tem medo das reais intenções do rapaz. E o estopim se dá quando o jovem rouba um rádio da casa do casal.
Uma história densa, com diálogos secos, personagens apáticos, uma classe média totalmente frustrada e sem motivações. Mas o texto é cansativo em diversos momentos, fato que me fez levar mais de dois meses para atravessar as 272 páginas do romance. Apenas no terço final do livro a história fica mais dinâmica e intrigante. Não podemos deixar de considerar que o livro foi escrito em 1967, durante o período de Guerra do Vietnã, quando começava uma grande discussão de Direitos Humanos e a moral da classe média era muito questionada.
Em resumo, desejo boa sorte para quem quiser ler, mas não vou recomendar a leitura. Ah! Eu comprei o livro após ler uma crítica na revista Veja que enaltecia a obra. E acabei me decepcionando.
Curiosidades:
- A autora era órfã e, mãe adolescente, acabou repetindo sua mãe e também entregou sua filha para adoção. Sua neta é conhecida roqueira: Courtney Love (ex-mulher do falecido Kurt Cobain).
- Antes de escrever histórias para adultos, Paula Fox era reconhecida escritora infantil.
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