Tudo Pode Dar Certo (filme)

Woody Allen fez mais um brilhante filme. E mais um filme com uma pitada de Woody Allen. Não sei porque, mas todo filme dele (ok, quase todo filme dele) tem uma grande pitada de autobiografia. E nesse então, achei que ele estava presente em praticamente todos os diálogos. Uma comédia romântica, com pouco romance em alguns momentos, mas com diálogos ácidos, uma visão de mundo totalmente própria de Allen.

Boris (Larry David) é um físico aposentado (gênio quase indicado ao Nobel) que vive de aulas de xadrez para adolescente. Após ter tentado o suicídio, acabou separando-se de sua esposa com quem não teve filhos. Tem uma visão super pessimista do mundo e não gosta de se relacionar com as pessoas. Não acredita na humanidade. Eis que numa noite, chegando em casa é abordado por uma jovem, Melody (Evan Rachel Wood), recém chagada de uma pequena cidade do Mississipi que lhe pede comida e abrigo por uma noite. Ingênua ao extremos, acredita em tudo que lhe dizem, mas tem coração enorme. DO convívio dos dois surge toda a trama desse filme.

A atuação de Larry David é ótima e Evan Rachel Wood também está bem caracterizada. São dois excelentes personagens, quase caricaturais, mas que têm uma excelente sinergia.

Vale a pena conferir, mas isso eu nem precisava dizer, pois Woody Allen sempre é uma boa pedida, mesmo quando faz filme ruim... (o que não é o caso deste “Whatever works”, título original).



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