Estação Stand Up (teatro)

Ontem a noite fui ao Planetário da Gávea, no Teatro Maria Clara Machado, conhecer o trabalho de Daniel Belmonte e Rafael Studart com seu “Estação Stand Up”. Como o nome mesmo diz, trata-se de um stand up comedy, gênero muito conhecido nos Estados Unidos onde os artistas se revezam no palco contando histórias e piadas com o único objetivo de fazer a plateia rir. E, como todas as comédias desse gênero, eles acertam em muitas piadas e temas, mas erram em outros. Não vou nem comentar aqui sobre as melhores ou as que foram fraquinhas, pois a cada semana eles mudam mesmo seu repertório, então pode ser que quando você apareça por lá, a situação seja bem diferente. Então vou falar apenas da estrutura do show.

Rafael Studart é o âncora, iniciando com seu número e depois chamando cada um dos outros participantes. Além de Daniel Belmonte, que faz parte do grupo, eles contam também com alguns convidados. Alguns desses são fixos e outros aparecem apenas por uma noite. (Convidado fixo? Não entendo isso. Se são fixos, não são convidados. É como aquele primo chato que vem para um fim de semana no Rio e fica na sua casa por 3 meses, ou aquela amiga de sua mãe que aparece toda semana na sua casa. Eles não são convidados, são fixos...) Bom, entre o elenco de convidados fixos, Nigel Goodman e Murilo Couto – mas esse faltou ontem. (Hein? Não era fixo? Então acho que entendi. Convidado fixo é aquele que vai sempre que puder, não tem obrigação de ir. Deve ser isso). Os convidados especiais da noite foram o diretor e protagonista do filme “Apenas o Fim”, Matheus Souza e Gregório Duvivier.

A apresentação dura cerca de uma hora e meia e, graças a Deus, não tem participação da plateia (sim, eu tenho medo! Não esqueçam que em Ox Exculaxados eu subi no palco, no Cabaré Valentin eu fui um dos “bebedores de cachaça” da noite, sem falar no Marcelo Faria me dando um beijo em Dona Flor...). Cada um faz uma apresentação de menos de 20 minutos, todos foram bem engraçados e as piadas atuais, chegando a falar do temporal que assolou a cidade, com Olimpíadas 2016, e outros temas. Ao final, todos vão para o centro da arena (para quem não conhece, o teatro é em forma de arena) e pedem que a plateia escolha um tema para fazerem uma ultima piada, mas ou menos como aquele programa de TV “Whose Line is it anyway” (ou para quem não conhece, como os repentistas do Nordeste, mas em vez de faze música, fazem piada). O tema de ontem foi “dor de barriga” (não sei como alguém pode querer piada com coisa tão séria, principalmente depois que comecei o meu desafio Activia) e eles precisaram se esforçar para fazer graça. Ainda bem que não se esforçaram muito, pois qualquer esforço sobre dor de barriga pode ser fatal!

O show continua por todo o mês de abril, sempre às quintas, no mesmo palco e é bem baratinho: R$ 20,00 (com flyer que você imprime no blog deles ou carteira de estudante, apenas R$ 10,00). Ou então faça como eu: siga eles no Twitter e concorra para ir de graça (www.twitter.com/estacaostandup). Vai lá, vai!

Comentários

  1. Oi Fred,

    fico feliz que tenha curtido o espetáculo. Realmente temos que dar a cara a tapa, sempre testando coisas novas e vendo o que funciona (pra ir lapidando) e o que não funciona. O que não funciona normalmente tentamos descobrir o porquê e ver se é possível fazer funcionar. É um trabalho árduo, de cada apresentação ir descobrindo e se descobrindo. Por isso o reconhecimento do público é fundamental para podermos seguir em frente. ;)

    Com relação ao "Convidado Fixo", acertou na mosca. Ele não possui o compromisso de estar presente, mas ele tentará de todas as formas comparecer. Leo Lins foi, durante mt tempo, convidado fixo do Comédia em Pé.

    Ah... aquela parte final é um trabalho em andamento que estamos experimentando. A idéia não seria exatamente fazer uma piada como um desafio do Z.É. (ou o scenes from the hat do WL), mas tentar fazer um "Não entendo" relâmpago improvisado. A isso chamamos de Roleta Russa. A outra experimentação nossa, que não foi feita ontem por falta de tempo é o Conversa de Bar, onde sentamos todos em volta de uma mesa e com um tema dado pela plateia começamos a conversar, uma vez que muitos textos de stand-up brotam inicialmente de uma conversa de bar. Foi uma ideia que tivemos para mostrar à plateia um pouco de como pode ser fácil (ou às vezes - muitas vezes - difícil) elaborar sobre um assunto a ponto dele virar material para apresentar no palco.

    Querendo voltar é só avisar.

    []ão...

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  2. Obrigado, Nayane! Já estou seguindo ela no Twitter!

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