Oscar 2010

Mais uma vez dediquei minha noite de domingo para ver o Oscar. Não me lembro de ter perdido a cerimônia alguma vez na minha vida. Desde criança sempre faço isso. E também, desde essa época, fico revoltado pois há filmes candidatos que não estrearam nos cinemas brasileiros. Dessa vez, não tive a chance de ver Preciosa (ok, esse estreou, mas foi em cima do evento) nem os filmes que renderam os prêmios para Jeff Bridges e Sandra Bullock. Mas tudo bem, por serem premiados, os assistirei tão logo tenha tempo e estejam em cartaz.

 

Mas vamos à cerimônia: muitos a acham longa e cansativa. Eu gosto, não acho ruim, mas tenho sérios problemas em me manter acordado num domingo à noite. Dormi era pouco mais de 1h da manhã e perdi as categorias mais importantes. Mas não me preocupo com isso, pois exatamente por serem as mais importantes, são as que mais aparecem na TV no dia seguinte. Então consigo ouvir e ver os discursos. Esse ano foi acertadíssima a escolha de Steve Martin e Alec Baldwin como âncoras do programa. Humor inteligente e de bom gosto como há muito não se via nessas cerimônias.

 

Não concordo com a premiação máxima da noite ter ido para “Guerra ao Terror”, embora concorde que seja um filme muito superior ao tão badalado “Avatar”. Mas acho esse filme americanóide demais, com uma visão americanista de uma guerra criada pelos americanos. Sou contra a guerra e isso acaba por influenciar minha avaliação do filme. Além disso, acho que Tarantino merecia ser agraciado, pois guerra por guerra, aquela de Hitler foi muito mais marcante. E com um final inesperado como o de “Bastardos Inglórios”, o filme merecia mais do que o único Oscar que levou (merecidamente, diga-se de passagem, pelo Crhistoph Waltz). O problema de “Bastardos Inglórios” deve ter sido exatamente o de tratar um tema tão batido e tantas vezes já premiado pela academia. Mas a visão diferenciada e o tom de ficção deveriam ter sido mais valorizados.

 

Acho que ‘Avatar’ teve os prêmios que mereceu. Como eu já tinha dito aqui no meu blog, não gostei muito do filme, então não deveria mesmo ser o premiado-mor da noite. Fiquei satisfeito com sua representação. 3 prêmios técnicos. Mais que isso seria injustiça com os demais.

 

O filme ‘Up – Altas Aventuras’ ter levado como animação também já era esperado, mas me surpreendeu levar também trilha sonora. Esperava que uma trilha mais tensa como a de ‘Avatar’ acabasse levado, mas fiquei feliz pela escolha da academia.

 

Não posso comentar sobre os curtas e outros prêmios mais técnicos, pois não tenho conhecimento de causa para tal. Mas confesso que estava torcendo por “Coco antes de Chanel” no prêmio de figurinos. Infelizmente Madama Chanel não teve seu reconhecimento em Hollywood embora até hoje seus modelos sejam disputadíssimos. Aliás, nesse ano, Sarah Jéssica Parker estava de Chanel no tapete vermelho. Não comento os vestidos, pois não entendo nada disso mesmo e gosto é uma coisa muito particular, mas o Oscar pede mesmo exageros. Afinal, quem for muito discreta não aparece, a não ser que esteja lá por obra de seu talento. As candidatas ao Oscar podem ir menos extravagantes, mas as demais têm mais mesmo é que exagerar.

 

Então é isso! Parabéns a Guerra ao Terror! Parabéns especialmente à Meryl Streep pela sua décima sétima indicação. Aliás, talvez ela merecesse 2 indicações essa ano, pois além de “Julie & Julia”, ela também arrasou em ‘Simplesmente Complicado’ (veja post mais atingo aqui no meu blog).  Mesmo sem levar a estátua para casa, ela comprova que é a melhor de todas, pois é uma constante indicada na premiação. E é hoje a artista mais rentável de Hollywood.