Bom, depois de dois dias, finalmente consegui mais um tempinho para terminar meu texto sobre a saga do Carnaval soteropolitano. Vamos lá!
DOMINGO
O domingo começou com feijoada no apartamento. Todo mundo junto e aquela comidinha light pra quem vai sair nos blocos no sol escaldante. Imaginei logo que a gente ficaria meio isolado nos trios, por causa da espessa fumaça que exalaríamos ao longo do percurso...
Como eu já tinha dito, para o domingo eu tinha comprado abadá para o Cheiro de Amor e acabei trocando pelo de quinta, então não tinha nenhum programa para esse dia. Não tinha nem show da Preta Gil na pipoca da Varanda Elétrica... Como eu ganhara convite para o Camarote Expresso 2222 para segunda, decidi que ia trocar o abadá do Crocodilo da noite de segunda pelo de domingo. E, além disso, queria tentar vender o do Papa também de segunda, para ficar apenas no camarote. Então, lá fui eu com a Natalia, PV e mais uma amiga para a rua do mercado paralelo de abadás. Rodamos por mais de uma hora ali e não conseguia nada (Foto 01). O máximo que queriam pagar no abadá do Papa era R$ 150. Ora, eu havia comprado por mais de R$ 200 na internet e não queria levar prejuízo. As negociações eram estressantes e meus amigos ainda ficavam rindo de mim.
Com tudo isso, mesmo bebendo uma cervejinha entre uma tentativa de negociação e outra, me estressei, saí andando pelo meio do povo e quase fui embora pra casa. Quem me conhece sabe que quando tenho um ataque desses, o melhor é me deixar... E meus amigos fizeram isso. Sorte deles, senão, poderiam ser mordidos, he he he. Já estava pensando “vou ver o desfile das Escolas do Rio na TV”, quando, repensando e esfriando a cabeça, decidi vender os abadás do Papa por qualquer preço e fiquei com o do Crocodilo para segunda.
Com tudo isso, mesmo bebendo uma cervejinha entre uma tentativa de negociação e outra, me estressei, saí andando pelo meio do povo e quase fui embora pra casa. Quem me conhece sabe que quando tenho um ataque desses, o melhor é me deixar... E meus amigos fizeram isso. Sorte deles, senão, poderiam ser mordidos, he he he. Já estava pensando “vou ver o desfile das Escolas do Rio na TV”, quando, repensando e esfriando a cabeça, decidi vender os abadás do Papa por qualquer preço e fiquei com o do Crocodilo para segunda.
Feito isso, estava sem programação alguma. Então liguei para a Natalia e ela disse que estava no Farol da Barra, na concentração dos blocos. Fui pra lá e tenho que confessar que foi uma das noites mais divertidas. O farol virou nosso camarote de pobre (Foto 2): tinha barraquinha vendendo cerveja (3 latões por R$ 5,00) e caipiroska (Foto 3), uma visão privilegiada dos blocos sem contar nas inúmeras opções de petiscos (queijo coalho, acarajé etc). E a brisa que vinha do mar deixava o ar bem fresco, diferente das vielas e becos ao longo do percurso com seu cheiro clássico de carnaval (pra quem não sabe: mistura de suor, xixi e cerveja, tradicionais também no Rio).
Vimos passar ali Daniela Mercury, Margareth Menezes, Psirico (Que medo! A galera pula muito nessa hora, Olha o vídeo aqui), Ricardo Chaves (“é o bicho, é o bicho, vou te devorar”) e muito mais. Quando o ultimo trio saiu, resolvemos pegar um atalho para encontrar novamente o trio da Margareth Menezes já no meio do percurso. Até chegamos lá, mas aí, as pernas já não me obedeciam mais e decidimos ir pra casa descansar.
SEGUNDA
Na segunda fui direto para o Camarote Expresso. De graça, queria ser um dos primeiros a chegar e um dos últimos a sair, pra poder aproveitar ao máximo tudo o que não paguei. Cheguei logo depois da abertura, tão cedo que ainda nem tinha aberto o bar. Fui um dos primeiros a pegar uma cervejinha, mas logo depois mudei para a caipiroska, dessa vez com Smirnoff. Também tinha a opção de Sagatiba...
Fiquei tentado! Mas depois caí dentro do whisky também. Tinha mesa de frios (Foto 4) e lounge para descansar (Foto 5).
Mas o melhor de tudo era ficar ali na varanda com a galera (Foto 6). Vimos Ivete, Claudia Leitte e Asa de Águia passar. Então chegou a hora da Daniela Mercury. Vesti meu abada e fui seguindo o bloco. Quer dizer, seguindo não, fui à frente, puxando o trio. Sim, eu estava junto com o pessoal que vai segurando os balões com a marca dos patrocinadores (até fiquei um tempo segurando um balão, pois não basta ser folião, tem que participar). Também ajudei a estender uma bandeira, corri por baixo dela (Foto 7) e tudo o mais. Ah! Até vi a Daniela Mercury no trio algumas vezes, mas o importante num bloco não é ver o artista, mas sim zoar, pular, beber... E fiz isso tudo. Esse bloco é bem tranquilo, com um público mais velho e menos confusões. Teve uma hora que Daniela Mercury parou de cantar (acho que desceu do trio para fazer numero 1 e 2, pois ela demorou uns 15min pra voltar). Mas o trio não ficou em silêncio não. O DJ tocou “I got a feeling” e “My dream is to fly” entre outros hits eltrônicos. Sim, música eletrônica na Bahia tem música eletrônica também. Aliás, em outras noites vi trios só com música eletrônica, um com o Bob Sinclair e outro com Moony (veja aqui o vídeo dela no youtube). Depois do final do percurso, no caminho de volta para o Expresso 2222, vi um casal fantasiado de Michael Jackson e Lady Gaga, mas ninguém acertava a fantasia dela e a chamavam de Madonna. Coitada! Acho que eles estavam pagando tanto mico quanto eu de aquanauta na primeira noite. Pra terminar a noite ainda conheci Caetano Veloso no camarote e, óvio, banquei o fã e pedi uma foto (Foto 8).
TERÇA
No ultimo dia de folia (tecnicamente penúltimo, pois na quarta tem o ARRASTÃO, coisa que só pelo nome já me assusta e desconsiderei solenemente participar) fui conhecer o circuito do Campo Grande, no carro de apoio da Banda Eva, sem meus amigos de viagem, pois todos iam no bloco da Ivete Sangalo. Nem cogitei a hipótese de segui-los, pois imaginem se eu iria ficar 7h em pé, andando atrás de um trio num percurso onde é praticamente impossível desistir no meio do caminho pela impossibilidade de se sair do bloco devido a muvuca que fica nas ruas e becos que circundam a região... Preferi ficar na concentração, onde vi os blocos de Claudia Leitte, Chiclete e Cheiro saírem. Subi então para o conforto do carro de apoio do EVA, com comida e bebida liberada, junto com uma amiga do trabalho e suas amigas que também estavam em Salvador. Foi muito bom. Fiz logo amizade com a garçonete, que não deixava uma latinha vazia na minha mão. Era combustível o tempo todo!
Depois de passar pela praça Castro Alves, vendo aquele mar de gente lá embaixo (Foto 9), dei graças a Deus pela escolha que fiz. Foram 5 horas no trio e ainda saí disposto para seguir para a Barra/Ondina e acompanhar Daniela Mercury ou Margareth Menezes. Mas quando cheguei lá, passando antes no apartamento para arrastar uns amigos, a Daniela Mercury já tinha passado e ficamos então em frente ao Expresso 2222, curtindo a pipoca. A bebida fez efeito, o sono reinou e fomos embora pra casa!
No dia seguinte foi só o tempo de fazer as malas e partir para Aracaju, onde pude descansar depois de tanto agito!
FIM!!! (ou não, quem sabe o que teremos ano vem???)
Fred esta fumando muita maconha!!
ResponderExcluirCarnaval na Bahia é um horror!!
Entrou no meio dum bloco, ta preso.
Nem de graça ou amarrado passo o Carnaval na Bahia.
Aperto por Aperto pega o metro as 18h, mané, bota o fone de ouvido e curte !! eheheh
abraços
Otávio
Começou falando que não iria mais,e terminou deixando em aberto essa possibilidade.
ResponderExcluirJá escrevo que lhe dizer que 2011 to dentro!!!! rsrs