
Como eu já disse antes, minha experiência em Salvador teve altos e baixos e acredito que não volto mais lá, não. Mas não posso afirmar, pois nunca sabemos o dia de amanhã. Vou relatar aqui dia a dia o que passei, vi e vivi. Um diário mesmo! Se não quiser ler, pode pular pro próximo! Eh eh eh.
Minha programação original era a seguinte sábado: Camarote Planeta Othon; domingo: Cheiro de Amor (circuito Campo Grande), segunda: Papa (bloco da Claudia Leitte) e Crocodilo (Daniela Mercury, ambos no circuito Barra-Ondina, terça: Banda Eva (circuito Campo Grande, no carro de apoio, com bebida e comida liberados). Cheguei em Salvador na quarta-feira e tinha ainda não tinha fechado a programação de quinta e sexta. Deixei para comprar lá junto com a galera. Fiquei num apartamento alugado, dividido entre 8 pessoas. Ainda no primeiro dia, a pia do banheiro social entupiu, então só podia escovar os dentes no banheiro de empregada ou no tanque. Isso já foi o primeiro estresse. Sem contar que não conhecia todos do apartamento (amigos de amigos). Mas não tive maiores problemas com o pessoal, até porque cada um saía com seus amigos e ninguém fazia comida em casa (o que com certeza daria confusão por causa da louça suja).
QUINTA-FEIRA

Na rua, mesmo com uma camisa por cima da fantasia, todo mundo me zoava, então percebi que andar fantasiado em Salvador é furada, mas tudo bem, é errando que se aprende. Fui me aventurar no tal mercado negro de abadás para fazer a troca. Depois de muito procurar, achei um cara que trocou os abadás de domingo pelos de quinta. O bloco já tinha saído da concentração, então eu e PV encontramos com a galera no início do percurso. Alinne (cantora do Cheiro) estava cantando uma música antiga do grupo, do tempo que eu ainda acompanhava axé. Tava legal. Aí, ela começou a cantar “Lobo Mau” (quem não conhece, procure a letra, é algo assim: eu sou o lobo mau, au, au... Vou te comer, vou te comer, vou te comer)... Ela ficou uns quinze minutos cantando essa letra lindíssima e profunda. Enquanto isso eu procurava um lugar para ficar em volta do trio. Minhas amigas estavam no empurra-empurra na frente do carro. Ali eu não suportei ficar, pois para ver a artista no trio, tinha que andar de costas, mas não sou caranguejo e muito menos sardinha não ando pra trás e não fico enlatado. Fui pra lateral, do lado da caixa de som. Não consegui ficar mais de 2 minutos ouvindo o “Vou te comer, vou te comer, vou te comer...” no volume máximo. Então fui para trás do carro. Ali eu não via a cantora e estava longe da galera, só o PV me acompanhava. Desanimei.
A situação era tal que me estressei e saí do trio pra comprar uma cerveja, pensando, “bêbado tudo fica melhor”. Doce engano. Levei uma “cordada” na cara ao sair e, ainda tonto da porrada encontrei as meninas que também estavam comprando cerveja. Elas falaram pra eu ir lá pra frente com elas. Fui! Mais um minuto e três repetições do “Vou te comer” na minha cabeça e não agüentei! Tirei o abadá e entreguei para uma das meninas, pois uns amigos dela ainda estavam tentando comprar um para entrar. Abandonei o grupo e sentei na murada da praia. Ali, antes ainda dos primeiros camarotes, bem no início do percurso. Pra quem conhece, estava antes do camarote da Daniela Mercury!
Ainda fiquei ali vendo o próximo trio, que era da Banda Eva. Foi legal vê-los passar ali. Estava legal, mas eu estava sozinho e FANTASIADO! Acabei desistindo da noite de folia e fui pra casa.
No dia seguinte perguntei pelo meu abadá e ninguém sabia o que tinha acontecido com ele. Os meninos tinham comprado no mercado negro e simplesmente jogaram o meu fora. Se soubesse disso, teria ficado com ele na saída do bloco e vendia para diminuir meu prejuízo de R$ 200,00.
SEXTA-FEIRA

SÁBADO
(continua...)
Consegui me sentir no Carnaval!!!
ResponderExcluirAi ai ai