Ontem fui conferir mais uma estreia nos cinemas. “Sherlock Holmes” – dirigido por Guy Ritchie – traz no papel título o renovado Robert Downey Jr. Já seu fiel amigo Dr. Watson é representado por Jude Law. A investigação do filme é do caso do Lord Blackwood (Mark Strong), condenado à forca por magia negra e ter matado 5 mulheres. Ele é preso com a ajuda do detetive quando estava num ritual com a sua sexta vítima, salva no último instante por Sherlock. Porém o bruxo ressuscita e torna-se uma grande ameaça ao povo de Londres. Sherlock conta ainda com a ajuda de Irene Adler (Rachel McAdams) para seguir as pistas que o levam a encontrar novamente com Blackwood. Estranho que não me lembro desse personagem em nenhuma história do detetive (tudo bem que não sou fã e nem mesmo li todos os contos), então acho que o roteiro é original e não uma adaptação.
Por conta das muitas cenas de luta, o filme foge um pouco das tradicionais histórias do mais famoso detetive de todos os tempos, pois não me lembro dele ser um grande lutador. Mas todo o restante continua lá, como as deduções lógicas e o método científico de investigação utilizado por Sherlock. Inspetor Lestrade da Scotland Yard também está na história bem e no final ainda aparece o maior vilão de todos – o Professor Moriarty. Mas o personagem aparece apenas para indicar que teremos uma seqüência.
A reconstituição histórica é muito bem feita, tanto nos cenários quanto nos figurinos. Dr. Watson sempre impecável em seus ternos alinhados, especialmente na cena em que apresenta sua noiva Mary ao detetive num jantar. Aliás, nessa mesma cena, através de sua dedução lógica, Sherlock provoca a ira da pobre Mary, por quem não nutre muito afeto visto que é a responsável por Dr. Watson decidir se mudar do tradicional endereço deles na Baker Street, 221B.
O filme tem pouco mais de 2 horas de duração, mas não pode ser considerado longo, pois numa investigação como essa, há muitos detalhes que precisam ser apresentados. E mesmo assim, muitos trechos parecem que foram editados e cortados para não tornar o filme exaustivo. Reafirmo que o único ponto que não me agradou foram as excessivas cenas de luta envolvendo Sherlock. Em alguns momentos cheguei até a me lembrar do Homem de Ferro (feito pelo mesmo Robert Downey Jr.), talvez influenciado pelo trailer da continuação desse filme que foi apresentado antes da sessão.
Um ótimo programa para todos os públicos, pois consegue unir investigação, lutas, humor, romance de forma bastante equilibrada. Parece que Guy Ritchie conseguiu finalmente acertar a mão para um bom filme.
PS: Só eu fiquei com a impressão de que o Robert Downey Jr. está a cara do Al Pacino?
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