Estreou fim de semana passado um thriller como há muito não se via nas telas brasileiras, desde de “Inimigo Oculto” com Robert De Niro. Filme impressionante, dirigido por Jaume Collet-Serra e com censura 18 anos, narra a história de um casal que após ter tido dois filhos não consegue ter o terceiro. Resolvem então adotar uma menina de 9 anos. Com um passado de alcoolismo e quase perda dos filhos num acidente, a família tenta se reconstruir com a nova filha, porém essa diabólica menina chega para tentar destruir qualquer um que se intromenta no que, para ela, é o caminho da felicidade. Muitas reviravoltas, final surpreendente e emoções constantes, o filme faz o público se revirar na cadeira, rir de nervoso e até aplaudir algumas cenas (nunca tinha visto isso, mas eu mesmo acabei aplaudindo).
O elenco é composto por rostos conhecidos mas que nunca tiveram papel de destaque, mas os destaques são as duas meninas da trama. A atriz mirim Isabelle Fuhrman que interpreta a órfã do título merece se não o prêmio em si, ao menos a indicação ao Oscar por sua brilhante atuação, super convincente. Dificil alguém na sala de cinema não sentir raiva da órfã e até mesmo torcer para que ela seja eliminada. O clima sombrio e a trilha sonora mexe com os nervos de qualquer um, até mesmo o mais pacato cinéfilo vai vibrar. Atuação também muito boa da filha pequenina, de cerca de 4 anos, que faz uma deficiente auditiva (não lembro o nome da atriz agora).
O filme pode parecer longo com suas mais de duas horas, mas depois que a ação se inicia, o tempo voa. Somente os seus primeiros 30 minutos parecem um tanto quanto cansativos, mas são importantes para contextualizar toda a ação que trancorrerá logo em seguida. Esse é o tipo de filme que você sai comentando depois e relembrando de vários trechos que pareciam sem importância, mas que depois se mostram muito relevantes para o enredo.
Não posso contar aqui nenhum outro detalhe para não estragar o final. Só digo uma coisa: corra até o cinema e NÃO PERCA de jeito nenhum.
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