Moby Dick (Critica de peça)


Está em cartaz no Teatro Poeira (em Botafogo) a peça Moby Dick. Adaptado por Aderbal Freire-Filho do texto de Herman Melville, a peça é estrelada por Chico Diaz (no papel do Capitão Ahab), Isio Ghelman, Orã Fiqueiredo e André Mattos. O palco central (arena) é o barco onde estão os marujos que estão à caça da baleia Moby Dick, numa busca frenética conduzida por Ahab que anos antes perdeu uma perna ao ser atacado por ela. Por se tratar de um teatro de arena, o público fica bem próximo dos atores, o que permite uma melhor interação com os atores.

Figurinos simples e multi-funcionais (boinas, casacos, máscaras) e uma iluminação eficiente trazem o clima necessário para a apresentação. O texto, longo e dificil, sofreu vários cortes para chegar a uma simplificação capaz de ser apresentada em cerca de 2 horas de espetáculo. Chico Diaz dá um show como o “louco” Ahab. Num dos momentos ele até mesmo representa a própria baleia.

Apesar de todo o esforço dos atores e de Aderbal para incluir uma pitada de comédia em algumas cenas, o texto continua carregado demais e a peça se torna um pouco cansativa e longa. Mas vale a pena para quem, como eu, leu esse livro ainda na adolescência e tem vontade de relembrar da história. Não faz o tipo teatro-piadas-prontas-pra-consumo-imediato mas também passa longe do teatro-cabeça-pra-dicutir-em-coquetel-com-intelectuais. É uma obra interessante, na verdade um clássico da literatura. Para qeum tem preguiça de ler (prinicipalmente em inglês), a peça é fiel à história.

Um ponto negativo é a refrigeração do teatro. O ar-condicionado realmente funciona e eu acabei passando frio (e olha que eu sou calorento).

Comentários