La La Land - Cantando as estações - 2017 (filme)


Ganhador de todos os 7 prêmios a que concorreu no Golden Globes, incluindo filme, atriz e ator, o musical faz uma bela homenagem aos antigos musicais, com o casal de protagonistas sapateando e até usando os postes na rua para suas coreografias. 

O filme é divido em blocos com os nomes das estações do ano e narra o romance de Sebastian  (Ryan Gosling) e Mia (Emma Stone). O primeiro contato dos dois é num quilométrico congestionamento numa highway de Los Angeles. E nada agradável.  Enquanto Mia está decorando um texto para uma audição como atriz, Sebastian passa por ela buzinando e reclamando, quando ela lhe estende o dedo do meio. Pouco depois acabam se esbarrando mais algumas vezes até que a paixão desperta entre os dois. Sebastian é pianista de jazz desempregado e ela trabalha como atendente num café.  

Não sou fã de musicais e confesso que na primeiríssima cena quase me arrependi de ter entrado no cinema. No meio do engarrafamento que citei acima, as pessoas começam a sair de seus carros, cantando e dançando.  Brega mesmo. Assustador! Mas como sou romântico e esse é o grande mote do filme, acabei amando. E, no final, não consegui deixar de lembrar de Casablanca que é para mim um dos melhores filmes já produzidos. Não posso falar aqui o porque da associação para não dar spoiler, mas quem quiser saber basta me perguntar. Fiquei com uma frase martelando na cabeça: "we will always have Paris".

Mas até que achei que foram poucas as cenas musicais e por mim algumas nem precisavam estar no filme. Pois o importante mesmo é o enredo por trás.  A vida dos dois sonhadores, ela querendo se tornar atriz famosa e ele ter seu próprio bar de jazz, acaba se cruzando com o amor que eles descobrem um pelo outro. Até que chegam ao ponto de escolher entre a carreira de sucesso ou seguirem juntos a sua vida a dois. Um excelente drama que vemos muito por aí.  O que será a verdadeira felicidade? A realização profissional ou a entrega a um amor profundo? Essa questão é muito bem trabalhada e conduz a um desfecho de filme sensacional, que me levou às lágrimas.  Talvez por ter vivido algo parecido há bem pouco tempo.  

Enfim, os atores estão ótimos, cantam e dançam bem, mas se fazer nenhum espetáculo.  Ainda não sei se Ryan realmente aprendeu a tocar piano ou se foi usado um dublê de mãos.  Mas ficou tão natural que me convenceu ser ele mesmo.

Os figurinos remetem a algumas décadas atrás, embora o uso dos smartphone mostre que a história se passa nos dias atuais. Algumas cenas são bem fantasiosas, como as personagens flutuando em uma das apresentações musicais, mas como se trata de uma figura poética, tudo é permitido. As músicas (muito jazz) são excelentes e se tornam mais um personagem na trama. 

O filme tem grandes chances no Oscar e deve abocanhar alguns bons troféus.  Vamos aguardar. Recomendo a ida ao cinema.


Enviado do meu smartphone Samsung Galaxy.

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